"Jobs" retrata o criador da Apple como um sujeito insensível e obcecado pelo sucesso

O final e o começo de "Jobs", que estreou na sexta-feira (dia 6), documentam momentos emblemáticos da indústria da computação pessoal. Mostram o incensado Steve (Ashton Kutcher) fazendo o que era sua marca registrada: apresentar produtos da Apple, cativar plateias e transformar amontoados de plástico, ferro e silício em declarações de estilo de vida e espírito rebelde.

O restante do filme do diretor Joshua Michael Stern, porém, gera controvérsias em relação a seu apego aos fatos e aos papéis efetivamente desempenhados pelos envolvidos na história da Apple. Isso não o torna falso: a fita não é um documentário nem sequer um docudrama; diz-se apenas "inspirada em eventos reais".


Da releitura cinematográfica da vida de Jobs, emerge um sujeito obcecado pelo sucesso, insensível, implacável, disposto a pisar na cabeça de qualquer um para atingir seus objetivos. Tais características apenas acentuam sua genialidade e espírito indomável, dirão os fiéis do culto a um dos criadores da Apple.

Kutcher, no papel do cara, é dois terços Walden Schmidt, seu personagem no seriado televisivo "Two and a Half Men", e um terço Jobs. Apesar de criticado por alguns, seu caminhar lembra, sim, o do comandante da Apple. Noves fora, lidera o elenco de um filme divertido e bem razoável.

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