Cantor, compositor e multi-instrumentista, Sérgio Britto se apresenta neste sábado (14) no Tom Jazz (centro de São Paulo).
Pilar das composições do icônico Titãs, o músico carioca apresenta seu novo disco, "SP55", o terceiro da carreira solo.
O trabalho tem participações das cantoras Wanderléa, Marina de La Riva e Negra Li, além da dupla de DJs Drumagick.
Segundo Britto, este "é um cruzamento feliz entre MPB, bossa nova e pop".
O repertório lembra, porém, sucessos da banda famosa. E eles não faltam: Britto é o membro dos Titãs com mais composições regravadas, e assina, sozinho ou em parcerias, clássicos do rock nacional como "Marvin" e "Homem Primata".
Informe-se sobre o evento e confira a conversa a seguir:
LEIA BATE-PAPO COM SÉRGIO BRITTO:
Guia Folha - Esse é o seu terceiro disco solo, certo?
Sérgio Britto - Acho que agora encontrei uma sonoridade bacana, que vale a pena apresentar.
Você chegou mais perto do que queria, do que nos outros?
Com certeza. Ele me diferencia e me identifica como artista solo, tem uma qualidade que os outros não tinham.
Como foi a preparação desse álbum?
É um disco que gravei há quase um ano, fui gravando aos poucos, com calma. Tinha sessões às segundas e terças-feiras. Foi a maneira que encontrei para não ter problemas com a agenda dos Titãs e fazer a coisa funcionar.
Por que "SP55"?
É o nome de uma estrada no litoral norte, que vai do Guarujá até o Rio de Janeiro, uma estrada pela qual costumo transitar e com a qual tenho uma relação emotiva. Ao mesmo tempo, tem a metáfora de uma estrada pessoal, acho que tem um pouco a ver com meu momento.
Nos seus trabalhos solo, você pensa em tudo? Que instrumentos toca além de teclas e voz?
Eu toco bastantes coisas, violão de nylon, piano elétrico, mas esse disco foi produzido a quatro mãos com o Émerson Vilani. Tem alguns convidados especiais, o Hugo Hori, que tocou trombone, um quarteto de cordas em uma música.
Como vai ser essa apresentação?
Vou levar um trio, eu e mais três músicos, senão acaba ficando meio com cara de "show de bar", sabe? Apesar de meu disco ser bem "cool" e apropriado para um lugar como este, tem uma riqueza de arranjos, de detalhes, que eu não conseguiria reproduzir sem uma banda.
E o que esperar no repertório?
Basicamente vou tocar esse disco, principalmente as duas para as quais fiz clipe, "Pra te Alcançar" e "Aqui neste Lugar". Toco também algumas músicas que não são minhas e regravei, como "Iracema", e canto duas músicas minhas do repertório dos Titãs, "Go Back" e "Diversão".
Como foram os shows dos Titãs no último mês?
Foram basicamente divertidos. Esses oito shows do "Cabeça Dinossauro" quebraram nossa rotina, foi divertido, inclusive pretendemos fazer mais shows nesse formato. E a gente tem feito também um show que chamamos de "Futuras Instalações", com canções ainda inéditas, que integram um repertório que estamos levantando para lançar em um disco no ano que vem. Então tem sido uma fase bacana, cheia de novidades.
E como foi para vocês enfrentar o público com músicas desconhecidas?
Bom, eu estou acostumado a fazer isso com artista solo, mas é mesmo totalmente diferente. Como banda, é bom porque você tem que tocar melhor. A música tem que funcionar mais pelo que ela é mesmo, do que pela memória. Tem músicas das antigas que a gente toca os dois primeiros acordes e as pessoas já estão ganhas, não precisa nem tocar direito! Você fica mais "adrenado" para fazer o show, é uma sensação boa.
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