Nascido Marcus Vinicius, Kamau já era um veterano no rap quando lançou seu mais importante disco, "Non Ducor Duco" (2008).
Foi o segundo álbum de sua carreira até então –hoje, incluindo mixtapes, são sete os trabalhos do também skatista paulistano.
Aos dez anos, o disco será lembrado e celebrado em show no domingo (28), no CCSP.
Não é exagero afirmar que as 17 batidas-canções daquele álbum pavimentaram o caminho para a próspera década que se seguiu no rap nacional.
Desbravando cenário cujas referências se limitavam a pioneiros quase jurássicos do gênero, como Racionais MCs e Pavilhão 9, Kamau agregou elementos destoantes do clima "do crime" até então reinante.
A sonoridade do disco incorporou e indicou novos rumos para o estilo: rimas passaram a dividir (ainda mais) espaço com melodias, e o amor e os sentimentos ladearam a crítica social e o realismo periférico nas letras.
Com temas hoje clássicos, como "Evolução na Locução", o disco facilitou o acesso ao panteão do rap –e por vezes ao mainstream– de nomes como Rashid e Karol Conka.
Sem falar em Emicida, que cantou na faixa "Komwé", fez diversas participações com Kamau nos anos por vir e, em várias ocasiões, creditou o colega como referência.
CCSP - sala Adoniran Barbosa - R. Vergueiro, 1.000, Liberdade, região central, tel. 3397-4002. 622 lugares. Dom. (28): 18h. 90 min. Livre. Ingresso: R$ 25. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br.
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