Na eleição dos melhores eventos de 2018, as apresentações das cantoras Anelis Assumpção e Elza Soares ao lado de Ilú Obá de Min lideraram o ranking de melhor show nacional do ano do júri convidado pelo Guia. Com cinco pontos cada uma, elas foram seguidas por Luiza Lian, com quatro pontos.
Entre os shows internacionais, o vencedor com folga foi Nick Cave, que chegou aos oito pontos, seguido pela banda Radiohead, com cinco pontos, e pelo ex-membro do Pink Floyd Roger Waters, também com cinco pontos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Em caso de empate no número de pontos, vence quem teve votos mais qualificados. Por exemplo, uma indicação em primeiro lugar (3 pontos) vale mais que uma indicação em segundo somada a outra em terceiro lugar (os mesmos 3 pontos); uma indicação em primeiro lugar somada a uma em terceiro lugar (4 pontos) fica na frente de dois segundos lugares (os mesmos 4 pontos).
Confira os votos de cada jurado abaixo:
MELHOR SHOW NACIONAL
Adriana Couto, apresentadora do Metrópolis, da TV Cultura
1°: Gilberto Gil
a voz, o violão e a poesia de Gil em primeiro plano; uma conexão emocionante entre canções novas e antigas
2°: Xênia França
uma cantora negra celebrando a existência; afrofuturismo para agora
3°: Àttooxxá
swing em potência máxima para dançar sem parar; uma mistura eletrizante de ritmos baianos
Cleber Facchi, jornalista e criador do Miojo Indie
1°: Carne Doce
furiosa e provocante, Salma Jô manipula cada movimento do Carne Doce
2°: Duda Beat
nos palcos, Duda Beat faz o público sorrir e se emocionar a cada nova canção
3°: Luiza Lian
uma obra de essência minimalista, porém, grandiosa nos palcos
Debora Pill, jornalista e pesquisadora musical
1°: Elza Soares e Ilú Obá de Min
encontro de entidades; a potência do feminino negro em constante reexistência
2°: Anelis Assumpção
dá gosto de ver a força poética de quem está cada vez mais próxima de si
3°: Edgar
experiência instigante e autêntica; poesia que extrapola vida real e utopia
Laura Lewer, repórter do Guia
1°: Luiza Lian
o melhor disco do ano cantado no Oficina com linda iluminação e cenário; sua música é quase terapêutica
2°: Elza Soares e Ilú Obá de Min
a força feminina em sua máxima potência; as canções de Elza parecem feitas para esse encontro
3°: Duda Beat
uma das revelações de 2018 com versões ainda mais potentes ao vivo, somadas ao carisma pernambucano
Roberta Martinelli, apresentadora do Cultura Livre, da TV Cultura
1°: Anelis Assumpção
sempre dominou o palco, mas no show Taurina está no controle total e cantando mais bonito do que nunca
2°: Cordel do Fogo Encantado
lançamento de disco e volta do grupo com show mesclando sucessos e novidades
3°: Edgar
figurinos, performance e personas criam a atmosfera do show do disco “Ultrassom”, com produção de Pupillo
MELHOR SHOW INTERNACIONAL
Alexandre Matias, jornalista e criador do site Trabalho Sujo
1°: Radiohead
com o mesmo patamar de excelência, mostrou porque ainda é a principal banda da atualidade
2°: Nick Cave & The Bad Seeds
o pastor Nicholas Edward subiu ao altar da igreja do blues e negou pedir perdão em uma missa sinistra
3°: Roger Waters
ativismo roqueiro, em 2018, parece contradição, mas o ex-Pink Floyd soube transformar arte em política
Fabiana Batistela, diretora da SIM São Paulo
1°: Nick Cave & The Bad Seeds
artista na sua melhor forma, um culto como anunciado; para sair com os olhos marejados
2°: David Byrne
várias facetas embaladas brilhantemente nesse novo show; grande momento de um artista clássico
3°: Conan Osiris
jovem emergente português que foge às regras de mercado e inova na estética musical
Rafael Gregório, repórter de música da Ilustrada
1°: Rockers
os veteranos do reggae, timoneiros da geração pós-Bob Marley, fizeram uma festa com ares de instante histórico
2°: Herbie Hancock
aula de improviso e de amor ao jazz do pianista, parceiro de Miles Davis em seu mais célebre quinteto
3°: Roger Waters:
o impactante show virou nota de rodapé do verbete “eleições 2018 no Brasil” após o artista tomar partido
Thales de Menezes, jornalista e crítico
1°: Roger Waters
foi muito mais do que um show; veio para lembrar que o bom rock é aquele que incomoda
2°: Gorillaz
poucos nomes no pop podem reservar uma surpresa a cada canção; Damon Albarn pode
3°: David Byrne
ainda há espaço para o cérebro fazer a diferença; Byrne é inteligente, inquieto e contundente
Thiago Ney, jornalista
1°: Nick Cave & The Bad Seeds
um ritual que é um show
2°: Radiohead
dá pra fazer música esquisita, popular e linda
3°: LCD Soundsystem
adultos também sabem dançar
Comentários
Ver todos os comentários