Se a Virada Cultural do ano passado ficou marcada pela confusão durante o show dos Racionais MCs na praça da Sé, a deste ano será lembrada pela "harmonia, energia, simpatia, alegria" de Jorge Ben Jor. O show do cantor foi a última das atrações do palco principal da Virada Cultural 2008, na avenida São João.
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O carioca cantou um hit atrás do outro ao longo de mais de duas horas --"País Tropical", "Mas Que Nada", "W/Brasil" e "Fio Maravilha" foram as que mais animaram. Vestido, como quase sempre, de branco, ele saudou o público diversas vezes, cumprimentou "a arquibancada" --as pessoas que assistiam ao show das janelas dos prédios da avenida--, agradeceu a Deus e fez um bis generoso --quando convocou uma turma de garotas para subir ao palco e dançar ao som da canção "Gostosa".
Elas também foram homenageadas com faixas de "Miss Simpatia". Logo, várias outras mulheres quiseram subir ao palco, beijar o cantor e ganhar uma faixa. Felizmente, havia mais faixas de "Miss Simpatia" disponíveis.
Em seguida, uma queima fogos de artifício marcou o encerramento da Virada Cultural 2008.
Emo
"O sentimento de estar num show do Jorge é o de que ele te trata não como um fã, mas como um amigo, um irmão", afirmou Caio Pinheiro, 19, estudante que assistiu ao show apertado na primeira fila, logo atrás dos "VIPs". Suado dos pés à cabeça após duas horas de empolgação, ele usava os característicos óculos escuros redondos de seu ídolo, e diz que é um dos poucos fãs do cantor que sabem cantar "Emo", música recente de Jorge Ben Jor em homenagem aos emos --os apreciadores de rock sentimental. "Parecem anormais, mas são normais; parecem ilegais, mas são legais", diz a letra.
"Foi um dos melhores shows que já vi", afirmou Júlia Lima, 21, que trabalha na Secretaria Municipal de Cultura de SP e foi chamada ao palco para ser condecorada com uma faixa azul de Miss Simpatia da Banda do Zé Pretinho --que acompanha Jorge Ben Jor. "Ela só foi chamada porque é bonita", acrescentou Lima, referindo-se à amiga e também Miss Simpatia Fernanda Nave, 21, estudante de direito --que, por sua vez, ostentava uma faixa vermelha e resumiu a sensação de estar no palco dançando ao som do hit "Taj Mahal", ao lado do inventor do samba-rock: "Foi animal".
Dengue
Querido pelo público paulistano, o carioca também se apresentou neste ano, em janeiro, no Parque da Independência, no Ipiranga (zona sul), durante as comemorações pelos 454 anos de São Paulo.
Desta vez, Jorge Ben Jor evitou os repórteres durante sua passagem pelo centro de São Paulo. De acordo com sua assessoria, o cantor, que mora no Rio, ainda não foi picado pelo mosquito Aedes aegypti neste ano. No Estado do Rio, já foram registrados 110.783 casos de dengue e 93 mortes pela doença em 2008. "Ele nunca doou sangue, e atribui a epidemia a uma falta de controle no Rio", informou a assessoria do cantor.
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