Filme mostra intimidade romântica e erótica a partir da música brega

Paixão é a coisa mais brega do mundo. A dor de amor é a mesma pra todo mundo, pode ser pedreiro ou médico, não importa. E uma pessoa quando está apaixonada fica ridícula.

Crédito: Divulgação

Todas essas frases, ditas por personagens de todos os tipos, artistas ou pessoas comuns, fazem parte do documentário "Vou Rifar Meu Coração", em cartaz no Espaço Itaú de Cinema (zona oeste e centro de São Paulo).

A última delas é de autoria do cantor Wando, um dos principais nomes da música popular romântica --conhecida como "brega"--, que é o tema do filme dirigido por Ana Rieper.

O artista também confessa ter sido abandonado por várias vezes e que é triste quando a mulher que você gosta diz que te quer como amigo.

Canções e depoimentos de Agnaldo Timóteo, Amado Batista, Lindomar Castilho, Nelson Ned e Odair José permeiam todo o filme, que mostra casos de traição, paixão e dores insuportáveis.

Crédito: Divulgação Cena do filme "Vou Rifar Meu Coração", que mescla depoimentos de artistas e pessoas comuns

E o público se envolve a ponto de cantar alto, no cinema, algumas das músicas famosas, além de rir com as situações "peculiares" relatadas ali. Como o caso do rapaz que se casou com uma prostituta, de outro que criou um programa "de corno" para o rádio e de um senhor que se divide entre duas mulheres há 30 anos. "Isso era estranho, mas agora é normal. Eu já tive três", conta.

As histórias reais retratadas no filme --que vieram de personagens do interior do Nordeste-- deixam claro que, muitas vezes, o drama exacerbado contidas nessas canções "bregas" apenas refletem as angústias da vida real.

"Vou Rifar Meu Coração" também abre espaço para uma discussão sobre o preconceito, sobre o que é ser "cafona" ou não. Essas músicas são? "Se a Bethânia gravar, vira luxo", diz Odair José em um dos trechos.

Informe-se sobre o filme

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais