O cinema argentino vem se destacando cada vez mais no mundo cinematográfico. No último Oscar, "Relatos Selvagens", de Damián Szifrón, concorreu à estatueta de melhor filme estrangeiro —mas perdeu para o polonês "Ida", de Pawel Pawlikowski.
Na última semana, estreou "Bem Perto de Buenos Aires" ("Historia del Miedo"), dirigido por Benjamin Naishtat.
O título em português não diz sobre o que se trata o filme. Em tradução livre do nome original, seria algo como "história do medo". Por aqui, o filme é "vendido" por sua localização.
Logo no início, o espectador vê que a história se passa em um condomínio fechado nos arredores de Buenos Aires.
Na trama, Naishtat mostra a tranquilidade do local, as casas parecidas com as que temos nos condomínios na Grande São Paulo, construídas sem muros e com bastante área verde em volta.
No entanto, o lugar pacato começa a se transformar a partir de um blackout na região. É quando Naishtat provoca o espectador com cenas silenciosas, quase sem diálogos, e que mostram o contraste de dois mundos distintos. É com atores falando pouco e privilegiando o silêncio, tal como cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho fez em "O Som ao Redor", que "Bem Perto de Buenos Aires" fala sobre a atual crise argentina.
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