'Não costumo ouvir música no meu tempo livre', diz André Rieu

O maestro, violinista e compositor André Rieu se apresenta em São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera, em nove dias: de 3 a 12 de outubro (o dia 6 é o único sem concertos). Os horários variam entre 19h e 21h.

Os ingressos custam de R$ 80 a R$ 800, pelo site Ingresso Rápido.


O concerto terá a participação especial do Saint Petersburg Trio, da Rússia. As apresentações fazem parte de uma série de shows que passará também por Bélgica, Turquia, Alemanha e França.

Rieu toca com a Johann Strauss Orchestra, acompanhado de coro e solistas. No repertório, o maestro mistura valsas vienenses, trilhas sonoras, canções populares e marchas, executadas em seu violino Stradivarius.

Informe-se sobre o evento e leia mais na entrevista a seguir.


"Guia Folha" - Você já veio ao Brasil diversas vezes, geralmente com vários apresentações marcadas. Dessa vez, serão nove, só em São Paulo. Tem alguma coisa que você acha especial aqui?
André Rieu - Sim, o público. Brasileiros são tão passionais, eles vem de coração aberto e riem, dançam, choram e vibram durante os concertos. Nós tocamos de coração toda noite e vocês nós devolvem tanto e com tanta energia. É fabuloso vir ao Brasil. É por isso que fizemos trinta concertos em São Paulo em 2012. Neste ano, serão apenas nove noites, porque estamos fazendo uma turnê pelo mundo. Depois daí, tocaremos na Bélgica, Holanda, Turquia, Reino Unido, Alemanha, França e o resto da Europa.

O que se pode esperar no seu "set list"? Você vai tocar músicas diferentes em cada dia, ou é um "set list" geral?
É um "set list" completamente novo, com músicas diferentes, mas o mesmo em todas as noites. Uma jornada musical ao redor do mundo. Vamos celebrar o décimo aniversário dos Tenores Platin, então eles vão cantar uma grande parte. Escolhi minhas valsas favoritas – vamos ver o quão bem vocês podem dançar. E vamos tocar algumas melodias mundialmente famosas, de musicais, filmes, ópera e opereta, de diversos artistas. Nossos solistas vêm do Brasil, Chile, Argentina, Ucrânia, Rússia, Alemanha, Hungria e Tasmânia.

Que música você está ouvindo atualmente? Novos artistas, velhos clássicos de sempre?
Tenho ouvido bastante música italiana, porque acabei de terminar meu novo álbum "Love in Venice". E estava escolhendo peças para ele - "Volare", "Azzurro", "Lagune Valse", "O sole mio" – as mais românticas e belas melodias italianas, assim como minhas composições, que podem ser ouvidas no CD pela primeira vez. Mas não costumo ouvir música no meu tempo livre. A maioria dos música não ouve. Gostamos quando fica silêncio por um tempo, haha.

Você vai tocar em São Paulo por pouco mais de uma semana. O que pretende fazer na cidade, entre as apresentações?
Infelizmente, não tenho dias livres em São Paulo, porque tocamos todas as noites. Então meu dia é bastante estruturado. Pratico esportes, me alimento bem, durmo e pratico. Mas não saio num dia de concerto. Tenho de conservar minha energia, porque quero dar tudo de mim ao público. Tocamos por quase três horas. Esse é o melhor momento do dia.

Você ouve música brasileira? Algum artista preferido, ou música?
Muitos anos atrás, morei com Jacques Klein, o compositor e pianista brasileiro, e sua família no Rio. Ele me mostrou a música de Tom Jobim, que amo até hoje. E, claro, toco músicas brasileiras famosas no meu concerto, como "Ai Se Eu Te Pego", de Michel Teló. Estou sempre curioso para aprender mais sobre seu belo país e seus artistas.

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais