Ao contrário de muitos artistas, o baixista da banda goiana Boogarins, Raphael Vaz, não vê problema em definir o som do grupo. "A gente chama de 'shitty jazz', de merda mesmo. E de rock progressista, porque a gente olha para frente, para o futuro, diz o músico sobre a sonoridade do EP recém-lançado, "Lá Vem a Morte".
Ao lado de Fernando Almeida, Benke Ferraz e Ynaiã Benthroldo, ele forma o quarteto de rock psicodélico que lança o terceiro registro da carreira, em show no domingo (23), no CCSP. O trabalho está nas plataformas digitais desde o começo de junho.
Com influências da música brasileira dos anos 1970, do hip-hop e da eletrônica, o conjunto se isolou em uma casa em Austin (EUA) para focar a produção do novo trabalho. "Experimentamos, improvisamos e apostamos que conseguimos fazer tudo de um jeito novo", diz Vaz. Foi artesanal, fizemos os arranjos na frente do computador. Dessa vez, não teve produtor de fora.
Com o uso de sintetizadores, novidade em um trabalho do grupo, a psicodelia, marca registrada dos goianos, teve influência de samples, loops e noise, sem deixar de flertar com o pop e a eletrônica.
Para acompanhar, as letras são costuradas por temas soturnos. "Lá Vem a Morte", que dá nome ao álbum, era extensa e foi divida em três faixas. A partir daí, o grupo buscou composições que se encaixavam na temática.
A banda stoner MQN, conterrânea do Boogarins, faz a abertura do show.
Centro Cultural São Paulo - R. Vergueiro, 1.000, Liberdade, tel. 3397-4002. Dom. (23): 18h. 90 min. Livre. Ingresso: R$ 25. Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br.
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