Histórias inventadas vão passar longe das telas do CCSP, do IMS, do Itaú Cultural e do Sesc 24 de Maio entre quinta (12) e 22/4.
Nesse período, esses quatro espaços culturais recebem a 23ª edição do festival É Tudo Verdade, que reúne 55 documentários, entre curtas, médias e longas-metragens, em sessões gratuitas.
Com orçamento reduzido e menos filmes do que no ano passado, o evento promove estreias de longas nacionais e ainda reúne títulos inéditos no Brasil, de países como Argentina, China e França.
Debates e a exibição online de cinco filmes dirigidos por mulheres completam a programação.
Confira alguns destaques.
Adoniran - Meu Nome É João Rubinato
Escolhido para abrir o festival na quinta (12), no IMS, o longa nacional será projetado também no CCSP e no Sesc 24 de Maio, nos dias 18 e 22/4, respectivamente. Dirigido por Pedro Serrano, o documentário acompanha a vida e a carreira do sambista Adoniran Barbosa (1910-1982) e traça um paralelo entre a cidade de São Paulo atual e aquela retratada em sua obra. Imagens de arquivo raras e depoimentos de amigos e familiares compõem o filme.
Ex-Pajé
O longa nacional é dirigido por Luiz Bolognesi, que escreveu o roteiro de “Bingo: O Rei das Manhãs” (2017) e que esteve à frente da animação “Uma História de Amor e Fúria” (2013), pela qual venceu prêmios no festival de Annecy e no Grande Prêmio Brasileiro de Cinema. Em 80 minutos, o documentário conta a história de Perpera, pajé do povo paiter suruí que viveu isolado dos brancos até os 20 anos de idade. Quando a tribo entra em contato com o mundo além da floresta, por meio de um pastor evangélico intolerante, ele começa a questionar sua fé. O longa será exibido no IMS, no dia 19/4, e no Sesc 24 de Maio, em 21/4.
O Processo
O documentário, que teve estreia mundial no Festival de Berlim, em fevereiro, acompanha o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, mirando na estratégia de defesa da ex-presidente. Dirigido
por Maria Ramos (de “Justiça”, 2004, e “Juízo”, 2007), será exibido no dia 15/4, no IMS.
Auto de Resistência
Natasha Neri e Lula Carvalho, cinegrafista de filmes como “Tropa de Elite” (2007) e “RoboCop” (2014), dirigem o documentário, que faz um panorama dos homicídios praticados pela polícia do Rio e classificados como casos de legítima defesa. O IMS exibe o longa no dia 13/4 e o Sesc 24 de Maio, em 19/4.
Elegia de um Crime
Encerrando a trilogia do luto de Cristiano Burlan, formada também por “Construção” (2007) e “Mataram Meu Irmão” (2013), o documentário retrata o assassinato de Isabel Burlan da Silva, mãe do diretor. Juntos, os três filmes reconstroem tragédias pessoais da vida dele. As projeções acontecem no IMS, no dia 20/4, e no Sesc 24 de Maio, em 22/4.
Quando as Luzes das Marquises se Apagam - A História da Cinelândia
O longa brasileiro, dirigido por Renato Brandão, foi feito a partir de imagens de arquivo e depoimentos de quem frequentava as salas de cinema da Cinelândia, no centro de São Paulo, que viveu seu auge na década de 1950. O IMS e o CCSP exibem o longa nos dias 18 e 20/4, respectivamente. Já o Sesc 24 de Maio, nos dias 17 e 21/4.
Canções em Pequim
Produção chinesa dirigida pela brasileira Milena de Moura Barba, o longa é inspirado no documentário “As Canções” (2011), de Eduardo Coutinho. No filme, 14 moradores da cidade de Pequim falam sobre como uma música marcou suas vidas. Exibido nos dias 14 e 22/4 no IMS e no CCSP, respectivamente.
A Batalha de Argel, um Filme Dentro da História
Coprodução entre Argélia, França e Suíça, o documentário revisita o filme “A Batalha de Argel” (1966), do italiano Gillo Pontecorvo, que reconstitui os eventos da guerra de independência da Argélia e que foi censurado em diversos países. Será exibido no IMS e no CCSP nos dias 12 e 17/4, respectivamente.
Amarra seu Arado a Uma Estrela
O longa reúne registros do diretor argentino Fernando Birri, em 1997, enquanto rodava um documentário sobre Che Guevara que o levou a diversas partes da América do Sul. As projeções acontecem no IMS (13/4), no Itaú Cultural (18 e 19/4) e no CCSP (20/4).
HOMENAGEM
A documentarista americana Pamela Yates é a homenageada desta edição do festival. Sua trilogia guatemalteca, realizada ao longo de 35 anos e composta pelos filmes “500 Anos” (2017), “Granito” (2011) e “Quando as Montanhas Tremem” (1983), pelo qual ganhou prêmio especial do júri no Festival de Sundance, é apresentada pela primeira vez na íntegra no Brasil. Os documentários retratam a perseguição da população indígena na Guatemala. A diretora ainda participa de debate no Sesc 24 de Maio, no dia 18/4, promovido em parceria com a ONG Human Rights Watch.
Confira a programação completa, salas e horários em etudoverdade.com.br/br/programacao
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