Um dos filmes brasileiros mais aguardados de 2009, "Salve Geral" está em cartaz em 47 salas da capital, turbinado pela escolha do Ministério da Cultura para representar o Brasil na disputa a uma indicação de melhor filme estrangeiro no Oscar 2010.
Com direção de Sérgio Rezende ("Guerra de Canudos" e "Zuzu Angel"), o longa teve orçamento de R$ 9 milhões e possui um elenco afiado.
A produção acompanha o drama da professora de piano Lúcia (Andréa Beltrão), viúva de classe média que quer tirar da prisão o filho, Rafael (Lee Thalor), condenado por homicídio.
Em uma de suas visitas ao presídio, ela conhece Ruiva (interpretada pela ótima Denise Weinberg), advogada de um dos líderes de uma facção criminosa, o Partido, com quem acaba se envolvendo.
Baseado na onda de terror gerada pelo PCC em maio de 2006 na metrópole, o filme perdeu a oportunidade de explorar os fatos como eles mereciam e acaba tangenciando o drama vivido pelos moradores de São Paulo.
O diretor prefere focar na relação entre a mãe e seu filho. "Não sou jornalista. Nossa matéria é a poesia, a ficção", justifica Rezende.
As 11 semanas de filmagem ocorreram em Paulínia e Campinas, no interior do Estado, e no Rio de Janeiro, além da capital, a quem o diretor agradece. "Esse filme deve loucamente a São Paulo."
Lee Thalor se destaca
Grande parte dos atores de "Salve Geral" foi recrutada da cena teatral paulistana. Entre eles, está Lee Thalor, 25, a revelação do bom elenco.
Em cartaz no teatro com peça "A Falecida Vapt-Vupt", de Antunes Filho, Thalor deixou Goiânia aos 18 anos para estudar artes cênicas na USP.
Em 2004, entrou para o CPT (Centro de Pesquisa Teatral), dirigido por Antunes Filho, onde hoje também dá aulas.
O trabalho com Sérgio Rezende é a sua primeira empreitada no cinema. "Já havia sido convidado para outros filmes, mas nunca aceitei. É muito difícil abrir mão do que faço no Antunes", explica o ator. "O que me chamou a atenção no roteiro do longa foi a relação dessa mãe 'Andréa Beltrão' com seu filho."
Na preparação para o papel, Lee foi a presídios, onde observou o cotidiano dos detentos e conversou com carcereiros que presenciaram as rebeliões do PCC. Também leu a biografia de Ayrton Senna e fez aulas de direção --Rafa, seu personagem, é fã do piloto e "fera" no volante.
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Direção: Sérgio Rezende. Duração: 119 minutos. Classificação etária: 16 anos. | Leia mais no roteiro |
As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações |
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