Franquia que já arrecadou, no mundo, cerca de US$ 2,7 bilhões (R$ 4,4 bi), "Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas" faz parte daquele tipo de filme que ninguém pergunta se irá bem nas bilheterias, e sim o quão bem irá.
O poder de fogo dos produtores Jerry Bruckheimer e Johnny Depp é tal que a première mundial do quarto título da série aconteceu em pleno Festival de Cannes --vitrine privilegiada do chamado cinema de autor.
Apesar de, no quadro de cotações da revista especializada "Le Film Français", publicada durante o festival, o filme ter recebido, de todos os críticos, uma única estrelinha, Bruckheimer sabe que os fãs da série vão continuar a segui-la.
"O público está de novo apaixonado pelos filmes de pirata, 30 anos depois de eles terem desaparecido", disse Bruckheimer, em Cannes.
As principais novidades do quarto "Piratas" são o diretor Rob Marshal --ex-coreógrafo que, com seu primeiro filme ("Chicago"), ganhou seis Oscar--, a atriz Penélope Cruz e a filmagem em 3D, que mobilizou uma equipe de cerca de mil pessoas.
Tudo isso, porém, foi colocado mais a serviço da grandiosidade que da imaginação. Parece que, quanto mais dinheiro entra na franquia, mais a divertida excentricidade do personagem de Depp é encoberta pelas cenas de ação.
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