Inaugurada na capital paulista em agosto, a exposição "Anne Frank: Deixem-nos Ser" reproduz o anexo onde a família Frank, de origem judaica, viveu durante dois anos no período da Segunda Guerra Mundial. O esconderijo em Amsterdã, na Holanda, é descrito por Anne em seu diário, cujo último registro foi datado em 1º de agosto de 1944, terça-feira, poucos dias antes do local ser descoberto pelos nazistas. A mostra fica em cartaz até 22 de dezembro, na Unibes Cultural.
A exibição, que acontece na região oeste de São Paulo, utiliza como base as escritas da jovem alemã durante o confinamento de seus familiares e quatro conhecidos em um espaço secreto, localizado em uma fábrica na cidade holandesa. O anexo foi descoberto há 80 anos, em 1944, quando todos foram enviados para campos de concentração.
Sete meses após sua prisão e pouco antes da libertação da Europa pelos Aliados, a menina morreu de tifo em Bergen-Belsen. "O Diário de Anne Frank" foi publicado por seu pai, Otto Frank, que sobreviveu ao Holocausto. Segundo o Anne Frank Center, o livro já vendeu mais de 30 milhões de cópias e foi traduzido para 70 idiomas.
A exposição apresenta materiais fornecidos pela Anne Frank House Amsterdã. No local, há destaque para a Estrela de Davi, símbolo utilizado, de forma obrigatória, para a identificação de judeus em suas roupas. O objeto pertenceu a Nanette, colega de Anne que também sobreviveu ao horror e, posteriormente, reconstruiu a sua vida no Brasil.
"Anne Frank: Deixem-nos Ser" tem curadoria de Carlos Reiss, também coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba, e Eduardo Duíque. A mostra é idealizada por Priscilla Parodi, da Associação Inspirar-te.
A mostra acontece de quarta a domingo, das 13h30 às 19h, e tem classificação livre. Os ingressos custam R$ 15 (inteira), mas a entrada é gratuita às sextas-feiras, com reserva antecipada de ingressos, na plataforma Fever.
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