Museu de Geociências da USP é reaberto com visitas grátis

Na região oeste de São Paulo, instituição vinculada à universidade ficou fechada por um ano e oito meses para reformas

São Paulo

Em uma área de 450 m², estão juntos uma réplica de 14 metros do dinossauro Allosaurus frigilis, um meteorito de 624 kg —o quinto maior já encontrado no Brasil— e fósseis que ajudaram a descrever a teoria da Deriva Continental, que explica a formação dos continentes do planeta a partir de um único bloco de terra, a Pangeia.

As peças fazem parte do Museu de Geociências da USP, que foi reaberto ao público no final de maio com novidades na estrutura e na linguagem expográfica.

Uma pedra de labradorita, com uma superfície irregular e cores iridescentes que variam entre azul, verde e dourado. A pedra é de tamanho médio e apresenta uma textura áspera, refletindo a luz de maneira a criar um efeito visual vibrante. O fundo é preto, destacando as cores da pedra.
Pedra Opala, em exposição do Museu de Geociências da USP - Divulgação

O espaço estava fechado para reformas desde setembro de 2023, quando recebia cerca de 10 mil visitantes por ano, em sua maioria alunos do fundamental.

"A reforma criou uma narrativa expositiva que se inicia com a origem do universo e termina com a atividade humana no planeta", explica Miriam Della, supervisora técnica do local.

São 4,6 bilhões de anos de história da Terra, uma narrativa que acontece escondida embaixo do solo. Por isso o museu traz o que não se pode ver, mas faz parte do dia a dia do planeta, diz Miriam.

O percurso expositivo se baseia em ilustrações que mostram a subdivisão interna da Terra e em amostras de minerais reais.

A coleção começou a ser montada na década de 1930 com doações do então professor Ettore Onorato, um mineralogista da Itália que deu aulas na universidade. Ao longo dos anos, o acervo cresceu com doações particulares e compras institucionais.

Parte dessas peças estão sendo expostas pela primeira vez, como os raros diamantes coloridos, conhecidos como diamantes fancy. O museu preparou um espaço interativo com as pedras, que podem ser observadas por meio de lentes de aumento.

A imagem mostra um ambiente interno com várias pessoas interagindo em um espaço educativo. Há um grande balcão em formato circular no centro, onde algumas pessoas estão reunidas. O chão é vermelho e as paredes possuem painéis informativos. Ao fundo, há janelas que permitem a entrada de luz natural, e a atmosfera parece ser de aprendizado e diversão.
Estudantes visitam o museu em 2023, antes de ser fechado para reformas; espaço está aberto desde o fim de maio - Divulgação

Na mesma linha, a exposição temporária "Kimberlitos e a Origem dos Diamantes" explica como os diamantes se formam, onde são encontrados e como chegam à superfície da terra.

Outra novidade do espaço é a abordagem do acervo para refletir sobre o Antropoceno, hipótese científica que argumenta que os humanos causaram mudanças significativas no planeta. No espaço, ficam as discussões sobre mudança climática e aquecimento do planeta pela emissão de gases de efeito estufa.


Museu de Geociências da USP
Instituto de Geociências - rua do Lago, 562, 1º andar, Cidade Uiversitária, Butantã, região oeste. Tel (11) 3091-3952. museu.igc.usp.br. De seg. a sex., das 9h às 18h. Grátis

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