"É rap, mas não é rap. É MPB, mas não é MPB", explica o rapper baiano Diogo Moncorvo, 21, conhecido como Baco Exu do Blues, sobre a sonoridade de seu primeiro disco, o elogiado "Esú". Com influência de Nação Zumbi, Novos Baianos, Tom Zé e Racionais MCs, para mencionar alguns, o álbum mistura música brasileira, rap e trap.
O cantor e compositor é uma das atrações do Supernova Festival. O evento ocupa o Hangar Campo de Marte, em Santana, nesta sexta (22), com apresentações do cantor Fabio Brazza, que mistura samba e rap, e do DJ Bbzão, e o Superloft, em Pinheiros, no sábado (23), com shows de Baco e dos DJs Soares, Sabota, Mauro Farina e Odara Kadiegi.
Indicado ao prêmio de artista revelação do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Baco trata de dramas pessoais em seu álbum. A composição "Te Amo Disgraça" também foi indicada pela APCA entre as músicas do ano. "Ela tira esse mito do amor fofinho e do relacionamento amoroso. O carnal ainda é muito malvisto e tratado de forma pejorativa", diz. A faixa tem cerca de 4,9 milhões de visualizações em seu canal do YouTube.
Baco não reserva um tempo específico para compor suas letras. Diz que é "pego de surpresa" por um momento e começa a escrever.
O álbum também é resultado da superação de uma depressão. "Foi um grito de saída. Eu estava afundando, e o disco me deu a mão e me tirou de lá". A única colaboração no CD é a do rapper KL Jay. "É um trabalho muito pessoal e uma prova para a cena do rap de de que eu consigo me manter sozinho".
Hangar Campo de Marte - Av. Olavo Fontoura, 650, Santana. Sex. (22): 22h. 18 anos. Ingresso: R$ 20. Ingr. somente p/ sympla.com.br.
Superloft - R. Card. Arcoverde, 2.926, Pinheiros. Sáb. (23): 22h. 18 anos. Ingresso: R$ 20. Ingr. p/ sympla.com.br.
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