Em seu novo álbum, "Délibáb" (miragem, em húngaro), Vitor Ramil, 48, musicou a poesia do escritor argentino Jorge Luis Borges e versos do gaúcho João da Cunha Vargas, natural de Alegrete (RS). O resultado são 12 belas milongas --o gênero, segundo Borges, é a verdadeira música de Buenos Aires--, que poderão ser conferidas na quinta (15), no show de estreia do CD, no Sesc Pompeia.
Apesar das fortes referências do Sul (mate, peleias, sangue e morte), Ramil nega o apelo regional do disco. "É um trabalho que dialoga com a modernidade, mas sem o clichê do moderno", diz o cantor gaúcho. "O show vale para São Paulo, Porto Alegre e Bue nos Aires. Vou a todos os lugares com o mesmo espírito."
Parceiro de Ramil em "Délibáb", o violonista argentino Carlos Moscardini, que terá um número solo, com "Camino de las Tropas", o acompanhará no show paulistano.
Fazem parte do repertório ainda "Semeadura", milonga musicada pelo cantor quando tinha 17 anos e interpretada pela diva argentina Mercedes Sosa, e "Noite de São João", do português Fernando Pessoa --o terceiro poeta a marcar presença na noite.
Sesc Pompeia - teatro - r. Clélia, 93, Água Branca, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/3871-7700. 358 lugares. Qui. (15): 21h. 90 min. Ingr.: R$ 4 a R$ 16. Não recomendado para menores de 12 anos.
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