Adriana Partimpim, personagem cujo nome Adriana Calcanhotto inventou durante a infância, volta a São Paulo para uma apresentação no HSBC Brasil. Confira entrevista:
Guia - As crianças que foram ao seu primeiro show cresceram. Você as espera de volta?
Adriana Partimpim - A gente não imaginava, mas essa galerinha que ouviu muito o primeiro [show] volta e tem uma relação de parceira, mais íntima. As crianças cresceram, mas estão curtindo de outra maneira. Tem umas menininhas que já não são mais tão menininhas e ficam na ponta do palco fotografando do celular.
Guia - Você também faz as músicas para pais, para a família toda?
Adriana Partimpim - Eu faço por intuição, não sei como vai bater nas pessoas. E, por isso, cheguei até a ouvir coisas como: "Você não pode fazer um disco infantil por que não tem um programa na TV". Mas, na plateia, os avôs e as avós são os mais livres. Eles se comportam como crianças, não estão nem aí. Quando eu pergunto se tem criança na plateia, eles são os primeiros que gritam.
Guia - Seus dois discos são muito ecléticos, incluem estilos bem diferentes. Como é o processo de escolha das músicas que você vai cantar?
Adriana Partimpim - É muito intuitivo, eu sinto paixão por aquela música e quero partilhar com as crianças. Mas acaba com o resultado da diversidade e é bacana que as crianças saibam desde cedo que você pode ouvir muitas coisas. Eu me sinto privilegiada por ter ouvido um espectro largo de músicas na infância, inclusive os discos infantis, que eu achava chatíssimos. Eu não entendia que tinham diferenças, para mim era tudo música.
Guia - E tem algo especial para o show?
Adriana Partimpim - Tem uma música que eu quis fazer só para o show, que é "O Leão Está Solto na Rua", com letra de Rossini Pinto e cantada por Roberto Carlos. É uma pérola e eu via a chance de fazer uma coisa cênica, que eu não posso contar. Assim como os gatinhos do Ferreira Gullar [poemas do escritor musicados pela cantora] eram uma coisa do primeiro, agora o leão é uma coisa do "Dois". É um link felino.
Guia - Na apresentação, os objetos do cenário terão uma proporção exagerada. Como será?
Adriana Partimpim - Eu fui falar com o Helio Eichbauer [que assinou o cenário] que queria uma coisa de proporção. As dimensões são loucas, algumas coisas são gigantes, outras são grandes, outras são menores.
Guia - Você quis ficar pequenininha?
Adriana Partimpim - Sim. É melhor do que ficar grande.
18h28
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