Frevo, Karina Buhr e o mar embalam a vida de Verônica (interpretada por Hermila Guedes), uma mulher comum que passa por uma transição.
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É ela a protagonista do filme "Era uma Vez Eu, Verônica". A jovem de 24 anos acaba de se formar em medicina e precisa deixar de ser uma estudante.
Passa a trabalhar como psiquiatra em um hospital público recifense. Mas a mudança lhe rende duas crises: uma existencial e outra profissional.
Ela acaba virando paciente de si mesma, relatando, por meio de um gravador, o que sente. Mas, muitas vezes, Verônica não precisa falar --sua emoção transparece em meio ao silêncio ou quando toca violão.
A mulher canaliza no sexo a sua crise, potencializada pela grave doença de Zé Maria (WJ Solha), seu pai.
A fim de alegrá-lo, mas sem conseguir um compromisso com alguém, precisa fingir que Gustavo (João Miguel) é seu namorado. Ele, por outro lado, não precisa de máscaras: é apaixonado por ela.
Verônica é a personagem feminina que o diretor Marcelo Gomes pensa em dar forma desde que trabalhou com Hermila em "Cinema, Aspirinas e Urubus" (2005).
A busca da jovem por respostas rendeu ao filme prêmios no Festival de Brasília e no Amazonas Film Festival.
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