Em "Uma Vida Comum", homem busca parentes de vizinho alcoólatra que morreu

Não há surpresas na vida de John May, um funcionário inglês encarregado de organizar funerais dignos aos mortos abandonados pela família. Ele analisa fichas, separa fotos, vai atrás de parentes.

Na hora de comer, não arrisca outro cardápio: é sempre uma lata de atum com torrada. É tão metódico quanto o personagem de Ricardo Darín em "Um Conto Chinês".

"Uma Vida Comum" acompanha a rotina previsível de John (Eddie Marsan). Além de cuidar dos velórios nos quais costuma ser o único presente, ele escolhe as músicas da cerimônia e redige palavras de fé.

Crédito: Divulgação Em "Uma Vida Comum", um funcionário responsável por organizar funerais precisa enterrar vizinho alcoólatra

Compensa a solidão com os afazeres banais do dia a dia. De tão dosada, a filmagem de Uberto Pasolini não ultrapassa a superfície. É o que sente em alguns momentos.
Só há um salto no roteiro quando John é preterido no trabalho e pede um tempo para finalizar seu último caso: o enterro do vizinho alcoólatra.

Aí sim nosso protagonista dá sinal de vida. Pega a estrada para procurar amigos e parentes do vizinho. Vasculha a vida dele como se fosse a sua própria. Até esboçar um sorriso ao conhecer a filha do morto. Há uma sintonia sutil entre eles. Mas Pasolini retém qualquer sentimento, deixando o espectador com vontade de mergulhar mais a fundo na história.


SESSÕES:

24/10 (quinta): 22h30 (Cine Livraria Cultura)
25/10 (sexta): 23h50 (Espaço Itaú de Cinema - Augusta)

Informe-se sobre o filme


FOTOS DOS FILMES IMPERDÍVEIS DA MOSTRA:


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