A polêmica em torno das cenas de sexo de "Ninfomaníaca" perde ainda mais força quando se assiste à segunda parte do filme de Lars von Trier.
Apesar de mais violento do que o primeiro (lançado em janeiro deste ano), o volume dois da história tem pouco das passagens explícitas que se imaginava antes da estreia do filme —quando anunciado, o longa causou frisson; o resultado final, porém, evidencia a veia marqueteira do diretor.
Aqui, seguimos com o relato de Joe (papel de Charlotte Gainsbourg e Stacy Martin) ao solteirão Seligman (Stellan Skarsgård) sobre suas aventuras e desventuras sexuais.
Mas, enquanto na primeira metade assistimos à formação e às descobertas da protagonista, na segunda vemos de que forma o vício afeta a vida de Joe e como ela busca aceitar sua ninfomania.
É então que, por meio da personagem, o cineasta destila suas visões controversas sobre a sociedade, como uma crítica ao politicamente correto.
Também aprendemos fatos importantes sobre Seligman, que até então se resumia a escutar e analisar (com olhar filosófico e interesse científico) a história de Joe.
Por fim, como era de se esperar na obra do dinamarquês, Von Trier traz um desfecho pessimista e ressalta sua crença na natureza incorrigível do ser humano.
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