Meses antes da eleição de Donald Trump, outra votação polêmica incendiou as redes sociais: a escolha de Pequeno Segredo, que desbancou o favorito Aquarius, como candidato do Brasil na disputa pelo Oscar de filme estrangeiro. Desde quinta (10), os brasileiros podem enfim ter alguma pista de qual é o segredo do filme que levou os membros da comissão do Oscar a concluir que ele tem mais poder de comover a Academia.
O longa de David Schurmann é autobiográfico: conta a história de como os seus pais, os velejadores Schurmann, adotaram a menina Kat (Mariana Goulart), filha de uma brasileira (Maria Flor) e de um neozelandês (Errol Shand). O casal de navegantes é vivido por Marcello Antony e Julia Lemmertz.
Pequeno Segredo é uma grande produção para os padrões nacionais: custou R$ 10 milhões, revertidos em uma fotografia grandiosa e uma profusão de locações.
Estreante em longa de ficção, o diretor desdobrou a trama em três narrativas contadas de forma intercalada: o envolvimento amoroso entre os pais biológicos de Kat no Pará, os embates entre o casal e a mãe do neozelandês no país natal dele e a vida da garota com os Schurmann no Sul do Brasil.
Ante a politização de Aquarius, Pequeno Segredo propõe um olhar mais sentimental, com mensagens sobre xenofobia, bullying e superação, intermediadas por metáforas náuticas e imagens marinhas.
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