Mostra de Cinemas Indígenas tem programação gratuita no CineSesc

Sessões são seguidas de bate-papo com cineastas

São Paulo

De 16 a 20 de agosto, o CineSesc realiza a Mostra de Cinemas Indígenas com as principais produções do último ano feitas por cineastas indígenas.

Com a curadora Júnia Torres, a programação exibe curtas, médias e longas-metragens que apresentam proposições estéticas em diferentes formas de relação com a educação, a terra e a vida.

A imagem mostra um menino com cabelo curto e escuro, olhando diretamente para a câmera.
Cena do filme "A Transformação de Canuto" de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho - Divulgação

As sessões são gratuitas, com retirada de ingressos 1h antes do filme na bilheteria do CineSesc, localizado na rua Augusta, região central de São Paulo.

O filme que abre a mostra é "Yvy Pyte", de Alberto Alvares e José Cury, exibido às 19h desta sexta-feira (16). Os cineastas exploram os limites e fronteiras entre as terras Guarani e mostram a resistência do povo indígena. Após a sessão acontece um bate-papo com os diretores, com mediação de Jerá Poty Mirim.

No sábado (17), às 19h, será exibido "A Transformação de Canuto", de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho. O filme conta uma história conhecida na pequena comunidade Mbyá-Guarani, entre o Brasil e a Argentina. Nela, um homem sofreu a temida transformação em uma onça e depois morreu tragicamente. Os diretores participam de um bate-papo após a sessão com mediação de Juliana Fausto.

No domingo (18), às 17h30, acontecerá a sessão de "Sekhdese", de Graci Guarani e Alice Gouveia. A palavra que dá nome ao filme significa sabedoria, em Yathê, língua da comunidade originária pernambucana Fulni-ô.

Um homem idoso está sentado em um ambiente rústico, com uma cerca de madeira ao seu redor. Ele usa óculos e uma jaqueta clara, com uma camiseta azul e colares.
Cena do filme "Tape Porã Arandu" de Beatriz Regis - Divulgação

O documentário traz relatos de mulheres que revelam empoderamento feminino e expõem as lutas pela terra, cultura e meio ambiente, além de denunciar o etnocídio do qual são vítimas pelas investidas das igrejas neopentecostais. Após a sessão acontece um bate-papo com as diretoras, com mediação de Olinda Tupinambá.

A programação ainda conta com "Rami Rami Kirani", "Sigyjat: Pescaria do Timbó", "Equilíbrio", "Ava Yvy Pyte Ygua: Povo do Coração da Terra", "Tape Porã Arandu" e "Ventos do Peabiru".

Mostra de Cinemas Indígenas

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