Avaliação: regular
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As franquias de cinema costumam apresentar queda de qualidade a cada filme. Às vezes um deles acerta a mão no roteiro e até revitaliza a série, mas quase sempre é ladeira abaixo.
No caso de "Piratas do Caribe", não é correto dizer que o quinto filme, estreando agora, seja pior que os anteriores. O problema dele é ser exatamente igual a todos.
A Disney está praticamente refilmando sem parar o original, sucesso estrondoso de bilheteria em 2003. Não é apenas Johnny Depp como o deplorável e eternamente bêbado capitão Jack Sparrow a única constante nos episódios.
Sparrow está sempre prestes a ser executado quando sua tripulação aparece para salvá-lo e, dali, partir para uma nova aventura. O mundo todo sempre quer a cabeça do pirata: a Marinha inglesa, outros piratas, feiticeiros, monstros do mar e, no caso do novo filme, fantasmas.
Cada história tem seu objeto de desejo. Pode ser um baú do tesouro, uma bússola mágica, um tridente mitológico, coisas assim, que ficam passando de mão em mão durante a trama.
O enredo sempre reúne um mocinho insosso, talvez para não ofuscar Depp, e uma mocinha bonitinha e destemida. Em "Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar", o australiano Brenton Thwaites aparece como filho de Will Turner, personagem de Orlando Bloom nos primeiros filmes. Os atores poderiam ser mesmo pai e filho: ambos não têm menor graça.
A mocinha continua europeia: depois da inglesa Keira Knightley e da espanhola Penélope Cruz, é a vez de outra britânica, Kaya Scodelario.
A legião estrangeira continua com o australiano Geoffrey Rush, no papel do pirata rival Barbossa desde o primeiro filme, e o espanhol Javier Bardem, ainda preso a personagens caricatos em Hollywood, desta vez como o morto-vivo Salazar.
"Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar" tem muita ação e algumas boas piadas, mas tudo muito mecânico, nada surpreendente. É mais do mesmo. Para quem quer só diversão, tudo bem, mas falta um mínimo de criatividade.
Mais uma jogada de repetição: depois da atuação de Keith Richards como o pai de Sparrow nos dois filmes anteriores, agora é Paul McCartney que faz uma pontinha como tio do pirata. Será que Bob Dylan estará no sexto filme?
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