"Um idealismo incansável e uma sensação de catástrofe iminente --que me dava forças para seguir adiante", é como Hunter S. Thompson descreve Paul Kemp, seu alter ego, na introdução do livro que inspira o filme "Diário de um Jornalista Bêbado".
No longa que está em cartaz nos cinemas de São Paulo, Kemp é interpretado por Johnny Depp, que já entrou na pele do próprio Thompson em "Medo e Delírio em Las Vegas" (1998).
A história narra a saga do jornalista Paul Kemp, que, em 1960, deixa os EUA rumo a quente ilha caribenha de Porto Rico, com o objetivo de trabalhar em um jornal de língua inglesa que, ao chegar, descobre estar à beira do colapso.
O problema, logo exibido, não são apenas os jornalistas fanfarrões que vivem e trabalham regados a álcool. Como deixa claro Lotterman, o editor-chefe, os protestos, o turismo sufocante e os problemas dos nativos pouco importam a uma publicação que está unicamente a serviço dos anunciantes.
Por meio do jornal, Kemp acaba conhecendo Hal Sanderson, um loiro branquelo, rico e corrupto que precisa da sua ajuda para extrair mais lucro da ilha de forma ilegal. Hal namora Chenault, por quem Kemp se apaixona e põe seu pescoço a risco.
O que o diretor Bruce Robinson faz em "Diário de um Jornalista Bêbado" é um retrato de estrangeiros que tentam se dar bem em qualquer situação. Quem não explora, bebe.
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