Na eleição de melhores eventos de 2017, os especialistas convidados pelo "Guia" apontaram "Gabriel e a Montanha", de Fellipe Barbosa, como o melhor filme nacional do ano.
Em segundo lugar empataram "Corpo Elétrico", "Era o Hotel Cambridge", "O Filme da Minha Vida", "Guerra do Paraguay", "Martírio" e "Redemoinho". "Bingo - o Rei das Manhãs" e "Éden", ficaram em terceiro lugar.
Já o público escolheu "O Filme da Minha Vida", de Selton Mello, como o melhor filme nacional do ano.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
CONFIRA OS VOTOS DOS JURADOS
Adriana Küchler, editora-adjunta de Cultura
1º lugar: "Corpo Elétrico", de Marcelo Caetano: Celebração da diversidade e antídoto pras novas-velhas censuras e caretices
2° lugar: "Bingo - O Rei das Manhãs", de Daniel Rezende: Nostálgico, debochado, divertido e com um Vladimir Brichta inspiradíssimo
3º lugar: "Fala Comigo", de Felipe Sholl: Quebra tabus e faz do estranho bonito e natural com complexidade e delicadeza
Pior do ano: "Real - O Plano por Trás da História", de Rodrigo Bittencourt: Com cara de Zorra Total, arrecadou só 10% do orçamento
Andrea Ormond, crítica e curadora
1º lugar: "O Filme da minha Vida", de Selton Mello: Da literatura para o cinema, com beleza e rigor artístico
2° lugar: "Gabriel e a Montanha", de Fellipe Barbosa: Novo petardo do diretor de Casa Grande, agora tocando na morte
3º lugar: "Histórias que nosso Cinema (não) Contava", de Fernanda Pessoa: Resgate sobre fantasmas do passado: sólido e urgente
Pior do ano: "Não Devore meu Coração", de Felipe Bragança: Boa história, desperdiçada ao impor um frágil maneirismo
Inácio Araujo, crítico da Folha
1º lugar: "Guerra do Paraguay", de Luiz Rosemberg Filho: A guerra que foi, a guerra que é e a guerra que será
2° lugar: "Gabriel e a Montanha", de Fellipe Barbosa: Sair de si, viajar, conhecer, conhecer-se, perder-se
3º lugar: "Era o Hotel Cambridge", de Eliane Caffé: Ocupar para viver, viver para sonhar
Pior do ano: Excelente ano, não me lembro de nenhum filme brasileiro ruim
Marcelo Hessel, jornalista
1º lugar: "Martírio", de Vincent Carelli: Manifestam-se na tela os fantasmas de uma questão invisível no Brasil
2° lugar: "Éden", de Bruno Safadi: Enfim nas telas depois de cinco anos, um grande filme crente sobre empatia
3º lugar: "As Duas Irenes", de Fabio Meira: Um exemplar de filme simples, direto e intimista que temos dificuldade de fazer
Pior do ano: "Não Devore meu Coração", de Felipe Bragança: De Bragança se espera muito, mas seu cinema autocentrado está patinando
Naief Haddad, repórter especial da Folha
1º lugar: "Redemoinho", de José Luiz Villamarim: Excelente estreia de Villamarim como diretor de cinema
2° lugar: "Era o Hotel Cambridge", de Eliane Caffé: Vibrante como linguagem e como denúncia
3º lugar: "Um Casamento", de Mônica Simões: Documentário brasileiro mais inventivo do ano
Pior do ano: "Os Parças", de Halder: Mau gosto e preconceito
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