Na eleição de melhores eventos de 2017, os especialistas convidados pelo "Guia" apontaram "Bom Comportamento", de Ben Safdie e Joshua Safdie, como o melhor filme estrangeiro do ano.
Em segundo lugar ficou "Toni Erdmann". "Dunkirk", "Moonlight: Sob a Luz do Luar" e "Z - A Cidade Perdida", ficaram em terceiro lugar.
Já o público escolheu "Mulher Maravilha", de Patty Jenkins, como o melhor filme estrangeiro do ano.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
CONFIRA OS VOTOS DOS JURADOS
Cássio Starling Carlos, crítico da Folha
1º lugar: "Toni Erdmann", de Maren Ade: Um filme delirante e abundante para mostrar o que sobrou de nós
2° lugar: "Jackie", de Pablo Larraín: Como se apropriar da história pública num filme personalíssimo
3º lugar: "Paterson", de Jim Jarmusch: Mais que da poesia, a beleza vem da redescoberta do banal
Pior do ano: "O Formidável", de Michel Hazanavicius: O feitiço do pastiche virou contra o pasticheiro
Chico Fireman, crítico de cinema
1º lugar: "Bom Comportamento", de Ben Safdie e Joshua Safdie: Sobre irmãos e sobre Nova York. O filme mais vivo do ano
2° lugar: "Manchester à Beira-Mar", de Kenneth Lonergan: Sobre culpa, dor e o respeito pelo não dito
3º lugar: "Toni Erdmann", de Maren Ade: O amor é grande bicho peludo
Pior do ano: "Mãe!", de Darren Aronofsky: Carro alegórico descontrolado em nível titânico
Guilherme Genestreti, repórter de cinema da Ilustrada
1º lugar: "Bom Comportamento", de Ben Safdie e Joshua Safdie: Um sopro bem-vindo da Hollywood dos anos 1970 num ano morno
2° lugar: "Dunkirk", de Christopher Nolan: Em tempos de streaming, escancara o poder sem igual da sala de cinema
3º lugar: "Corra!", de Jordan Peele: Terror como deve ser: crítico e antenado aos horrores cotidianos
Pior do ano: Qualquer filme de super-herói: É hora de amadurecer e parar de acreditar nessa gente fantasiada
Rodolfo Rodrigues, apresentador na PlayTV
1º lugar: "Moonlight", de Barry Jenkins: A poesia contrasta com a tragédia de uma vida regada a drama
2° lugar: "Fragmentado", de M. Night Shyamalan: Um filme que desconstrói o gênero do suspense, com a melhor atuação do ano
3º lugar: "Dunkirk", de Christopher Nolan: O filme mais sensorial do ano. A trilha dita o tom tenso e apoteótico
Pior do ano: "Alien: Covenant", de Ridley Scott: Sci-fi que não faz jus ao histórico aterrorizante da franquia
Sérgio Alpendre, crítico e professor
1º lugar: "Z - A Cidade Perdida", de James Gray: Falso filme comercial, aponta para uma nova fase na carreira de Gray
2° lugar: "O Outro Lado da Esperança", de Aki Kaurismäki: Kaurismäki ainda ensina a fazer filme com preocupação social
3º lugar: "O Filho de Joseph", de Eugène Green: Mesmo enfraquecido, Green ainda se destaca no cinema contemporâneo
Pior do ano: "A Vilã", de Byeong-gil Jeong: Aponta o caminho para a destruição do cinema em favor dos videogames
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