Longa "sem alma" discute sentimentos banalizados

Diz-se que uma pessoa desalmada não se sensibiliza, não corresponde ao amor que recebe, não sofre. Mas e se fosse possível tirar a alma dos corpos mais amargurados?

Crédito: Divulgação

Em "Almas à Venda", de Sophie Barthes, que estreou no fim de semana, essa possibilidade existe. Oferecido por um laboratório de Nova York, o serviço é procurado pelo ator Paul Giamatti, interpretado pelo próprio Paul Giamatti ("Sideways, entre Umas e Outras") --o roteiro foi escrito especialmente para ele.

Paul toma a decisão de extrair sua alma porque está emocionalmente exausto, às voltas com o ensaio de uma peça de Tchekhov. A empreitada, entretanto, fracassa, e ele não consegue viver e atuar após a cirurgia.

Em uma segunda investida, o ator aluga uma suposta alma de um poeta russo. A confusão toda piora quando ele decide reaver a sua alma original e descobre que ela desapareceu.

Com ótimo argumento, "Almas à Venda" busca discutir a banalização dos sentimentos e se aproxima de "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças". Mas, ao contrário do filme de Michel Gondry, que não tem medo de parecer piegas ao abordar os sentimentos do casal protagonista, o longa de Sophie Barthes se mostra contido demais a maior parte do tempo. Quase desalmado.

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