"Ponyo" utiliza técnicas tradicionais de animação

Em meio à onda 3D, o mestre japonês de animação Hayao Miyazaki insiste nas técnicas tradicionais. Não é diferente em "Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar" (2008), seu mais recente filme.

Crédito: Divulgação

Os personagens da produção, que estreou na última sexta-feira (dia 30), foram concebidos a partir de criações a lápis, método utilizado no Ghibli, o estúdio de Miyazaki, em Tóquio. Na avaliação do cineasta, um animador é mais livre quando desenha à mão. O resultado é uma explosão de cores no telão.

Inspirado em "A Pequena Sereia", de Hans Christian Andersen, "Ponyo" nos apresenta Sosuke, um garoto que vive em um penhasco à beira-mar. Em uma manhã, ele encontra Ponyo, uma "peixinha" dourada com a cabeça presa em um pote de geleia.

Os dois ficam encantados um com o outro, e, a partir desse primeiro contato, nasce uma amizade. Só que o feiticeiro Fujimoto, pai de Ponyo, forçará o retorno da filha para o fundo do mar.

O longa, como outras obras de Miyazaki, não é de fácil compreensão, o que o torna recomendável às crianças mais crescidas. Há passagens assustadoras, com referências a grandes desastres naturais, como o tsunami. "Essa é a minha resposta aos problemas e incertezas de nosso tempo", afirmou o diretor.


Mestre

Muito popular no Japão, Hayao Miyazaki, 69, ficou conhecido por aqui com a obra-prima "A Viagem de Chihiro" (2001), que levou o Urso de Ouro no Festival de Berlim (2002) e o Oscar de melhor animação (2003).

Outro sucesso do diretor é "O Castelo Animado" (2004), com exibição no domingo (dia 1º), às 11h, no Cinesesc. O longa é uma adaptação de um livro da inglesa Diana Wynne Jones. Em 2005, Miyazaki recebeu um Leão de Ouro no Festival de Veneza, por sua carreira.

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