Conheça os destaques de museus que foram renovados em São Paulo

Instituições culturais precisaram mudar de imóvel ou fazer reformas na estrutura para receber mais visitantes

São Paulo

Com investimentos milionários, centros de cultura da capital paulista renovaram sua estrutura em 2024. O Guia Folha visitou cinco endereços que passaram por reformulações para mostrar suas novidades. As mudanças incluem alterações de endereço e expansão da área expositiva.

Veja, a seguir, os destaques de cada um deles.

Estante de madeira
Interior da Casa Mário de Andrade, com os móveis usados pelo escritor - Divulgação

Casa Mário de Andrade

Após 18 meses fechado para reformas, o casarão foi reaberto em maio. Ele contempla duas residências que pertenciam à família Andrade. A área dobrou de tamanho: agora tem 782 m², divididos em 20 cômodos. Entre eles, há um espaço para o acervo bibliográfico destinado a pesquisadores, um café, uma loja com produtos relacionados ao escritor e uma sala de exposições temporárias de 105 m².

O local recebe a mostra "A Origem de Macunaíma", que explora o Monte Roraima, onde nasceu o mito indígena que inspirou o livro mais famoso de Mário. Também está em cartaz a exposição "Estúdio de Uma Vida", que apresenta móveis de Andrade, como a sua escrivaninha e o seu divã, que fazem parte do acervo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Os visitantes ainda encontram objetos pessoais dele em um antigo quarto

Rua Lopes Chaves, 546, Barra Funda
Terça-feira a domingo das 10h às 18h (entrada até 17h30)
Gratuito www.casamariodeandrade.org.br

Um dos corredores do museu da Diversidade Sexual
Museu da Diversidade Sexual reabre em São Paulo com novas exposições - Divulgação/MDS

Museu da Diversidade Sexual

Criado em 2012, estava fechado havia um ano e meio e foi reaberto no final de maio. Após reformas estruturais, o espaço aumentou de 100 m² para 540 m². Agora abriga um acervo com mais de cem obras. É destinado à memória, à arte, à cultura, ao acolhimento e ao desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+.

Desde a reabertura, o museu exibe duas mostras, uma de média e outra de curta duração. A primeira, "Pajubá: a Hora e a Vez do Close", faz um resgate histórico da presença LGBT+ no Brasil, desde a colonização, entre os povos indígenas e escravizados. Visitantes podem aprender mais sobre a história de Tibira do Maranhão, indígena do povo Tupinambá que foi condenado pela Inquisição por sodomia.

A segunda exposição, "Artes Dissidentes: o Céu que Brilha no Chão", versa sobre o histórico de personalidades importantes do movimento em diferentes cidades do Brasil.

Dentro da estação República do metrô
Terça-feira a domingo das 10h às 18h (entrada até às 17h)
Entrada gratuita mediante retirada de ingressos via Sympla
www.museudadiversidadesexual.org.br

Museu da Energia Elétrica

Apesar de não ter fechado, no final de 2023 o local passou por uma reformulação para receber a mostra de longa duração "Energia e Transformação", que exigiu a construção de novas salas expositivas. Nela, visitantes conhecem sobre os mais de 150 anos da história da energia na capital e no estado de São Paulo.

Inclui a virada do século 19 para o 20, o uso do lampião a gás e a implantação da iluminação pública. Além disso, ensina a ciência por trás da eletricidade com exemplos das discussões sobre energia renovável.

Alameda Cleveland, 601, Campos Elíseos
Terça-feira a sábado das 10h às 18h
Ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) retirados na bilheteria do local
www.energiaesaneamento.org.br

Museu do Futebol

Reaberto no dia 12 de julho, o espaço ficou fechado por oito meses para passar pela maior reforma desde a sua inauguração, em 2008. A sala sobre Pelé, que expõe camisas utilizadas pelo rei, como a da Copa do Mundo de 1970, é uma das novidades.

Além dela, foi criada uma seção dedicada ao futebol feminino. Os painéis relembram quando a prática era proibida no Brasil, entre 1940 e 1980. Agora a Sala Copas, com a história dos Mundiais, inclui as participações da seleção feminina no torneio.

Foi inaugurada ainda a sala Raízes, que mostra como o futebol se tornou parte da cultura brasileira. Há imagens e vídeos sobre temas contemporâneos, como debates sobre racismo no esporte e o uso político da camisa da CBF. O acervo de imagens do museu também foi ampliado.

Praça Charles Miller, s/n, Estádio do Pacaembu
Terça-feira a domingo, das 9h às 18h (entrada até 17h)
Ingressos a R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), via Sympla.
Entrada gratuita para crianças até 7 anos. Grátis para o público geral às terças-feiras.
www.museudofutebol.org.br

A imagem mostra uma área de recreação infantil em um ambiente fechado, com várias seções coloridas e temáticas. À esquerda, há uma área chamada 'Espaço Baby' e, ao fundo, uma seção chamada 'Pequenos Construtores' com equipamentos de construção em miniatura. No centro, há blocos acolchoados em cores primárias (vermelho, azul e amarelo) onde algumas pessoas estão sentadas. O teto possui iluminação moderna com luzes em forma de linhas curvas.
Museu da Imaginação usa tecnologia em brinquedos educativos - Folhapress

Museu da Imaginação

Antes em um espaço de 2.000 m², a instituição se mudou para um novo endereço, de 7.000 m² com dois andares, reinaugurado em junho. Voltado para crianças, tem, no momento, 13 mostras. Uma delas, a "Formigas em Ação", traz um formigueiro gigante no qual as crianças podem conhecer a vida social dos insetos. Já a "Mondrian: do Figurativo ao Abstrato" faz com que os visitantes aprendam sobre o artista holandês com brincadeiras em uma piscina de blocos coloridos que imitam o estilo do pintor. Outra novidade do espaço é a Sala do Silêncio, um ambiente calmo projetado para crianças autistas.

Rua Virgílio Wey, 100, Água Branca
Segunda-feira a domingo das 8h30 às 13h e das 14h às 18h30
Ingressos a R$ 99 via Sympla
www.museudaimaginacao.com.br

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