Em show no Sesc Santana, violonistas Dinho Nogueira e Zé Barbeiro contam história do choro

Dupla apresenta projeto 'Oficina do Choro', que mistura música, história e sociologia

Fernando Silva
São Paulo

Os violonistas Dinho Nogueira, 37 anos, e Zé Barbeiro, 66 anos, contam a história do choro em show no Sesc Santana, zona norte de São Paulo, neste sábado (5).

“A proposta é mostrar os principais compositores, os ritmos que surgiram no gênero e por que ele foi tão importante para a cultura brasileira”, explica Nogueira.

É um show-aula, chamado "Oficina do Choro", projeto da dupla na qual unem som, sociologia e história para tratar do tema. 

Violonistas Dinho Nogueira (à esquerda) e Zé Barbeiro (à direita) se apresentam sentados, com seus violões, em show
Violonistas Dinho Nogueira e Zé Barbeiro têm show-aula contando a história do choro - Fred Polet/Divulgação

Surgido no fim do século 19, o choro foi a primeira música urbana tipicamente brasileira. Era tocada por grupos instrumentais, sem vocal. Entre os artistas que compuseram no estilo, estão Ernesto Nazareth (1863-1934) e Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Dele, Barbeiro e Nogueira tocam canções como “Brejeiro” e "Fon Fon". Dela, “Gaúcho (Corta-Jaca)”. 

Acompanhados por Fabrício Rosil, no cavaco, e Roberta Valente, no pandeiro, os dois interpretam ainda obras do maior nome do gênero, Pixinguinha (1897-1973), casos de “Carinhoso" e "Teu Aniversário". 

Os dois músicos dividiram a tarefa de falar sobre o choro em dois shows. Neste primeiro, tratam do início do gênero. E em 2 de fevereiro, sobem novamente ao palco do Sesc Santana. "No segundo, vamos mostrar do Jacob do Bandolim [1918-1969] até os dias de hoje", conta Nogueira.

Oficina do Choro

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