Diogo Nogueira lança DVD em São Paulo; confira entrevista

O sambista Diogo Nogueira, filho de João Nogueira, faz, neste sábado (5), única apresentação de lançamento de seu mais recente DVD, "Sou Eu", que teve a participação de Chico Buarque, Ivan Lins e Alcione.
Depois de passar pelo Festival de Verão de Salvador, Nogueira aterriza em terras paulistanas mas, antes, respondeu às perguntas do Guia, por email. Confira:

Crédito: Ricardo Cassiano/Folhapress Chico Buarque (à esq.) e Diogo Nogueira, em show de gravação do DVD, "Sou Eu", no Rio de Janeiro, em 2010

Guia - O samba sempre esteve muito presente na sua vida, por causa do seu pai [o João Nogueira, morto em 2000]. Quando você decidiu seguir o mesmo caminho, se dedicar à música?
Diogo Nogueira - O samba realmente sempre esteve muito presente na minha vida. Desde pequeno, eu sempre gostei de estar nas rodas de samba, ficar perto dos músicos. Apesar disso, cantar e compor não estavam nas minhas prioridades. O meu sonho era ser jogador de futebol. Mas, em 2004, quando eu jogava no Cruzeiro de Porto Alegre, tive uma lesão no joelho que me obrigou a me afastar dos campos. Voltei para o Rio e comecei a participar de algumas rodas de samba, dando canjas. A coisa foi crescendo e acabei montando a minha própria banda. Aos poucos, descobri uma nova paixão... E hoje fico muito feliz de ter seguido essa carreira.

Guia - Foi algum peso ter o nome "Nogueira"? A cobrança por você ser filho de um grande compositor é grande?
Nogueira - Isso nunca me preocupou. Meu pai foi uma pessoa maravilhosa, que me ensinou muita coisa e que, com certeza, influencia muito em tudo que eu faço. A cobrança existe, é verdade. Mas sinto que estou, cada vez mais, conquistando o meu próprio espaço.

Guia - Como você escolhe o seu repertório? Você sente que tem uma preferência pelas regravações de grandes sambas?
Nogueira - Para eu incluir no meu repertório, tenho que gostar da música e ter prazer em cantá-la, claro! Gosto muito de resgatar sambas antigos, para colocar novamente na boca da garotada. Mas também gosto de gravar composições novas, que podem ser minhas, de parceiros ou de outros sambistas. Acho importante haver essa troca. O samba é imortal.

Guia - Depois de quatro anos assinando o samba-enredo da escola de samba carioca Portela, em 2011 sua escola vai ou não com uma música sua?
Nogueira - Fomos até a final na disputa, mas, infelizmente, não dá para se ganhar todas. O importante é que a minha querida Portela faça bonito na Avenida.

Guia - Como foi ter a participação de Chico Buarque no seu novo DVD? Como foi a reação do público durante o show?
Nogueira - O Chico é um amigo de longa data e, para mim, foi um enorme prazer e tê-lo ao meu lado. Quando ele entrou no palco, foi uma grande surpresa para todos, tanto as mulheres, quanto a rapaziada.

Guia - A participação de nomes como Ivan Lins e Alcione, além, claro, do Chico Buarque, no DVD faz com chame mais público interessado pelo seu trabalho?
Nogueira - Com certeza, estar acompanhado de todos esses bambas faz com que o DVD tenha um brilho ainda maior. Acredito que, naturalmente, o projeto acabe recebendo uma atenção diferenciada, tanto do público, quanto da crítica.

Guia - O show aqui em são Paulo vai ter a mesma estrutura do show do DVD? Como será?
Nogueira - Estou super feliz em cantar novamente em São Paulo. O show terá a mesma estrutura do DVD. O palco tem um cenário belíssimo, estarei acompanhado de 14 excelentes músicos e também conto com a participação de bailarinos da Companhia de Dança Carlinhos de Jesus. Vai ser um show muito especial e espero que os paulistas curtam bastante.

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