Sinto dor 24h por dia, diz Yuka em filme sobre seus 9 tiros e a briga com O Rappa

Crédito: Juilia Kurc
Marcelo Yuka (foto) é tema de documentário que estreia nesta sexta (dia 30) nos cinemas; o músico fala sobre seu acidente

Foi só durante as filmagens do documentário "Marcelo Yuka no Caminho das Setas" que o músico leu, pela primeira vez, algumas das cartas que os fãs lhe mandaram enquanto estava no hospital, em 2000, depois de levar nove tiros em uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro. E se emocionou.

Com estreia prevista para sexta-feira (30), o documentário mostra a nova vida de Yuka após essa tragédia que o deixou paraplégico, com cenas registradas nos últimos oito anos por Daniela Broitman, a diretora, e equipe.

"Eu sinto dor 24 horas por dia", diz o compositor em um dos trechos, antes de contar que aprendeu a usar a meditação para aliviar um pouco o incômodo.


A briga com os integrantes da banda O Rappa após o acidente, que culminou no afastamento de Yuka (que era baterista e letrista), ganha destaque na parte inicial do filme. "Ninguém ligava, ninguém estava nem aí", diz. Já Falcão, o vocalista, e os outros do grupo falam da rixa que havia entre eles por conta dos direitos autorais (Yuka ganhava mais por ser autor das canções).

Com cenas antigas de shows e dos novos projetos de Yuka, que fez parte do conjunto F.UR.T.O e mantém carreira solo, o documentário também abre espaço para os debates sociais e sobre segurança propostos pelo músico, que faz questão de participar de palestras e de manifestações públicas para defender seus princípios.

O filme "Marcelo Yuka no Caminho das Setas", que recebeu o prêmio de melhor montagem no Festival do Rio em 2011, conta com participações de BNegão, Manu Chao, Cibelle, Apollo Nove, Aleh Ferreira e Pedro Bernardes, entre outros músicos e artistas.

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