Além de reunir observadores, eventos atraem adeptos para a prática e incentivam a preservação da natureza; confira:
#VemPassarinharSP
Para quem nunca praticou "birdwatching", a melhor forma de começar é aqui. Organizado pelo Instituto Butantan em parceria com a SAVE Brasil (Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil) e o Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes) de São Paulo, o encontro é realizado no último sábado de cada mês. Para participar, basta levar um prato para o café da manhã coletivo. Não é preciso ter experiência, já que o evento é guiado por ornitólogos. Há também um bate-papo chamado de "conversa de passarinho". O próximo será antecipado, por causa do Carnaval, e acontece no dia 18 de fevereiro. Crianças são bem-vindas.
Pq. Anhanguera - Via Anhanguera, km 26,5, Vila Sulina, região norte, tel. 3917-2406. Sáb. (18): a partir das 7h. GRÁTIS
Avistar Brasil
Todos os anos, em maio, São Paulo recebe o Avistar Brasil, encontro nacional de observadores de aves. Nele, são realizadas oficinas, uma feira com expositores da área (como autores de livros e artistas que retratam pássaros), palestras, atividades culturais, oficinas de pintura e, claro, observação de aves. Há três anos sediado no Instituto Butantan, o Avistar tem também edições regionais. Em maio, chega à sua 12ª edição e, em três dias, espera receber 5.000 visitantes. "O encontro valoriza a vida ao ar livre e todo tipo de contato com a natureza. É uma feira de atividades e que atrai turistas", explica Guto Carvalho, observador de aves e coordenador do evento.
Instituto Butantan - Av. Vital Brasil, 1.500, Butantã, região oeste, tel. 2627-9300. 19 a 21/5. Mais informações em avistarbrasil.com.br
Confira que você precisa saber antes de passarinhar.
1 - Para começar, vale conhecer um pouco mais sobre a prática, as aves e seus sons. Os sites wikiaves.com e ebird.org são ótimos portais: além de concentrarem todas as informações coletadas pelos observadores, possuem mapas com os locais, registros de som e espécies encontradas. Explore-os.
2 - Observador não pode ter preguiça de levantar da cama, pois o melhor horário para fazer a observação é pela manhã, quando as aves estão mais ativas. A primavera e o verão também favorecem a prática, já que é época de reprodução, quando há pássaros migratórios e os machos cantam mais.
3 - Não é preciso investir em muitos acessórios, mas vale comprar um guia de bolso. Ele vai ajudar a identificar as espécies afinal, além de observar, é legal catalogar as aves encontradas. Alguns guias indicados pelos observadores são: "Aves do Brasil: Mata Atlântica do Sudeste", de Robert Ridgely, John Gwynne, Guy Tudor e Martha Argel (Editora Horizonte, R$ 69, loja.edhorizonte.com.br); "Aves - Estado de São Paulo", de Edson Endrigo (Editora Aves e Fotos, R$ 72, avesefotoseditora.com.br) e "Aves do Brasil Oriental", de Tomas Sigrist (Editora Avis Brasilis, R$ 75, avisbrasilis.com.br).
4 - Também é interessante comprar um binóculo. Com ele, a observação das aves ficará mais precisa e fácil do que a olho nu. Não existe um modelo específico –a dica é experimentar e investir naquele que faz você se sentir bem. Mas, na dúvida, um modelo com zoom de 8 vezes e lente de 32 mm cumpre bem o papel.
5 - Para passarinhar, você precisa andar. Então escolha roupas confortáveis e dê preferência ao tênis. Os observadores mais experientes costumam usar roupas camufladas (em tons de verde) em expedições na mata fechada, a fim de não espantar as aves. Mas, para quem vai começar, isso não é necessário.
6 - Paciência e silêncio são fundamentais. O "playback", termo usado para quem reproduz o som do passarinho com gravador para atrai-lo, até é aceito –mas deve ser feito com parcimônia. Não pode incomodar o bicho, principalmente em época de reprodução, diz Figueiredo.
12h25
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