Dirigida pelo cineasta americano Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”), a animação “Ilha dos Cachorros”, ambientada no Japão, começa com um aviso: no filme, os personagens humanos falam japonês. Portanto, para quem não entende o idioma, só os cachorros (que “latem” em inglês, legendado para o português) são compreensíveis. Logo de cara, percebe-se que o enredo vai se desenvolver a partir do ponto de vista dos bichos.
Na trama, os cachorros da cidade de Megasaki estão sofrendo com doenças infecciosas. Com o receio de contaminação dos humanos, o prefeito decide banir os cachorros.
A ideia é enviá-los para uma ilha distante, onde é depositado o lixo da cidade, batizada de Ilha dos Cachorros. O primeiro a ser mandado para lá é Spots, cão de guarda do garotinho Atari. Triste e inconformado com a notícia, o menino resolve resgatar o animal.
Com uma trama voltada para os adultos, a animação em stop motion chama a atenção pelo visual característico de Wes Anderson, com seus tons pastéis, e pelas metáforas políticas e sociais. Mas o que deve atrair o público é o elenco estelar reunido pelo diretor. Tilda Swinton, Yoko Ono, Bryan Cranston, Bill Murray e Scarlett Johansson, só para citar alguns, fazem as vozes dos cães.
BOM PRA CACHORRO
Animado
Esta não é a primeira animação, nem o primeiro longa com bichos de Anderson; em 2009 ele fez “O Fantástico Sr. Raposo”, dublado por atores como Meryl Streep e George Clooney
Muitos Bills
Bill Murray vive personagens excêntricos em filmes de Wes Anderson desde 1998, quando atuou em “Três É Demais”; já vestiu uma touquinha vermelha em “A Vida Marinha com Steve Zissou” e correu atrás de um trem em “Viagem a Darjeeling”
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