Pela primeira vez no Brasil, cinemas não têm nenhuma estreia na semana

'Um Lugar Silencioso - Parte 2' e o nacional 'Três Verões' estão entre os filmes que foram adiados

São Paulo

Em meio à pandemia do coronavírus, as distribuidoras brasileiras cancelaram todos os filmes previstos para estrear nesta quinta-feira (19).

Entre os principais longas previstos estavam "Um Lugar Silencioso - Parte 2", sequência do terror que surpreendeu nas bilheterias em 2018, e repete a direção de John Krasinski e Emily Blunt como protagonista. O filme teria estreia mundial e a Paramount suspendeu sua estreia em todos os países, não só no Brasil.

Outro destaque era "Três Verões", de Sandra Kogut, que traz Regina Casé no papel de uma caseira em um condomínio de luxo, que acaba sendo usada como laranja por seu chefe em um esquema de corrupção.

Além deles, estava previsto para estrear outros seis, entre eles "Honeyland", primeiro título a disputar o prêmio de melhor documentário e melhor filme estrangeiro no Oscar, "Tel Aviv Em Chamas", "Quarto 212", "O Chão sob Meus Pés", os infantis "É Doce!" e "Meu Querido Elfo".

De acordo com Paulo Sérgio Almeida, diretor do site especializado Filme B, este é um fato inédito no Brasil. “Nós estamos vivendo uma situação muito grave e não é só o cinema que vai se prejudicar. Estamos muito no início, é uma situação de pandemia, de crise econômica”, disse.

O diretor também afirmou que Regina Duarte, secretaria de Cultura, deveria liberar verba para o fundo setorial. “Não para voltarem a filmar agora, mas se isso não for feito, o setor vai colapsar e não vai ter cinema."

Em São Paulo, o Espaço Itaú de Cinema, Petra Belas Artes e Cinesala anunciaram a decisão de fechar as portas por tempo indeterminado, nesta segunda (16).

Redes de cinema, como UCI, Cinepólis e Cinemark informaram que seguem as orientações da Feneec (Federação Nacioanl das Empresas Exibidoras Cinematográficas), que diz que “no momento, não há orientação do Ministério da Saúde para alterações e restrições no funcionamento das salas e as sessões estão confirmadas” e pede que o governador Doria assuma o papel de fechar as salas na forma de lei, e que o simples fechamento requer uma negociação os administradores de cada shopping, o que seria lento.

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