O documentário “Vivos”, filme do artista chinês Ai Weiwei sobre estudantes desaparecidos em Guerrero, no México, é um dos destaques da 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema. Mas o documentário não é o único que tem o país como pano de fundo.
Há, por exemplo, “499” —uma mistura de ficção com documentário sobre a colonização espanhola no México. Ou ainda “Labirinto Yo’eme”, sobre uma tribo que foi posta em risco após o governo local desviar a água que os abastecia.
A seguir, confira dicas de produções do festival que se passam no México. Neste ano, por causa da pandemia, a Mostra ocorre online, com os títulos disponibilizados virtualmente pela plataforma de streaming Mostra Play e ingressos a R$ 6 por exibição
499
EUA/México, 2020. Direção: Rodrigo Reyes. Com: Eduardo San Juan Breña.
O filme mostra a chegada de um colonizador fantasmagórico ao México, próximo do aniversário de 500 anos da conquista espanhola. Na trama, que mistura realidade e ficção, o homem viaja em direção à capital do país e vai recordando o passado, ao mesmo tempo em que se depara com testemunhos de pessoas reais.
Labirinto Yo'eme
Espanha/México, 2019. Direção: Sergi Pedro Ros.
O documentário fala sobre os yaquis, antiga tribo de Sonora, no México. Desde 2010, a tribo enfrenta um problema de seca após o governo da região desviar milhões de metros cúbicos de água do rio Yaqui, o que pôs a vida da comunidade em risco.
Sanguinetti
México/Chile, 2019. Direção: Christian Díaz Pardo. Com: Natalia Benvenuto, Ernesto Benvenuto e Patricio Castillo.
Uma jornalista chilena, que investiga a ditadura em seu país, descobre que o pai --que ela não vê há anos -- está na Cidade do México. O encontro entre os dois não é nada tranquilo e se complica à medida que a mulher descobre uma conexão entre o seu passado, o pai e o México.
Vivos
Alemanha/México, 2020. Direção: Ai Weiwei.
Seis estudantes foram mortos, dezenas ficaram feridos e 43 simplesmente desapareceram numa noite de 2014, em Guerrero, estado mexicano fortemente afetado pelo tráfico de drogas. O filme de Ai Weiwei reflete sobre a crise de desaparecimentos no México.
Uivos São Ouvidos
México, 2020. Direção: Julio Hernández Cordón. Com: Fabiana Hernández Guinea, Francisco Barreiro e Julio Hernández Cordón
O filme é uma espécie de autorretrato protagonizado por uma menina que quer andar com sua bicicleta livremente e segue em uma missão de encontro até o Iago de Texcoco, no México. Seu pai a acompanha e, durante o trajeto, sussurra histórias locais em seu ouvido.
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