Imax ganha de novo como melhor projeção entre os cinemas de São Paulo

Supertela em formato especial maximiza a experiência do filme

16/03/2023

23h15

Sandro Macedo

São Paulo

Dificilmente você verá um filme de Woody Allen, dos irmãos Coen ou de qualquer outro diretor que explore mais os diálogos em uma sala Imax, espaço desses que são ideais para quem busca uma imersão visual.

Em São Paulo, temos três salas do gênero, as campeãs na categoria de projeção. Elas estão espalhadas em diferentes regiões: Cinépolis JK Iguatemi (também o melhor cinema, na região sul), UCI Anália Franco (leste) e Espaço Itaú de Cinema - Pompeia —o mais antigo entre os três, na zona oeste da cidade.

Como característica, o que mais salta aos olhos assim que se entra na sala é a grandiosidade da tela, gigante, que costuma ocupar de uma parede a outra (estilo chamado de stadium), do teto ao chão. O formato da tela também é especial, mais côncava, e de qualidade superior. São espaços que maximizam a experiência cinematográfica.

A própria evolução do cinema ajudou a fortalecer a projeção Imax. Quando a sala do grupo Espaço abriu dentro do Bourbon Shopping, em 2009 (foi a primeira sala do formato no Brasil), as opções na programação se resumiam a documentários com cenas na Estação Espacial ou no universo aquático ou outra coisa de apelo visual.

Eram filmes com imagens belíssimas, mas nos quais as câmeras se movimentavam lentamente. A ideia era apenas contemplar. Afinal, a experiência na sala Imax também depende da captação no formato, feito com equipamento caro e muito pesado.

Aos poucos, os principais estúdios de Hollywood passaram a abraçar a tecnologia nas filmagens de blockbusters, para alegria dos fãs do cinema de ação e ficção —Christopher Nolan, responsável por uma trilogia com Batman e por "Tenet", entre outros, é um defensor fervoroso do formato Imax.

Não são apenas longas de super-heróis ou perseguições que ganharam mais notoriedade —apesar de serem a maioria. Títulos de guerra, como "Dunkirk" e "1917", ampliaram a experiência nas salas com "maximum image".

As três salas Imax disponíveis na cidade não são exatamente iguais, com variações na distribuição do som ou na luminosidade da tela, além do próprio espaço físico que ocupam.

Quando a reportagem visitou as salas não encontrou o mesmo filme em cartaz. Enquanto a JK Iguatemi exibia "Avatar: O Caminho da Água" (vencedor do Oscar de efeitos visuais), Anália Franco e Espaço Pompeia estavam com sessões de "Creed 3".

Talvez até pela diferença das produções, a experiência no espaço Imax do Cinépolis JK Iguatemi foi levemente superior, apesar de as três salas contarem com a mesma tecnologia 4K na projeção, o que confere mais brilho e profundidade na imagem. Nesta semana, as três salas dispõem da mesma programação, com "Shazam! Fúria dos Deuses", filme inspirado em herói da DC que domina o circuito comercial.

O Cinépolis JK Iguatemi também ganha pontos ao posicionar os cadeirantes na sexta fileira, parte mais alta e com ótima visibilidade da tela —o acesso se dá por meio de um elevador. No Anália Franco, os cadeirantes ocupam a terceira fileira; no Espaço Pompeia, a segunda, mais próxima da tela.

Por outro lado, o Cinépolis tem o ingresso mais caro entre as três opções. A entrada (inteira) num fim de semana à noite custa R$ 79.

No Espaço Itaú - Pompeia, a entrada mais cara sai por R$ 66. Já o Anália Franco é o mais em conta do trio, com tíquete por R$ 49. Os valores nos três exemplos acima são para filmes em 2D; em 3D, aumenta um pouquinho.