Museus da lâmpada, da energia e de mágica valem para famílias e estudantes

São Paulo possui uma rota museológica grande. De acordo com o Cadastro Nacional de Museus do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), há mais de cem acervos espalhados pela cidade. Confira três opções para famílias e grupos escolares:


Museu de Arte Mágica
A visita é guiada pelo próprio ilusionista, que faz mágicas e conta suas memórias

A pequena placa que anuncia o museu, colada na grade da garagem, pode nem ser notada. Mas é lá mesmo que ficam as relíquias do mágico Mister Basart: dentro de sua casa, no Sapopemba. "A ideia é deixar esse acervo num local público, mas ainda não surgiu a oportunidade", explica o ilusionista, que resolveu abrir as portas de casa e tocar, por conta própria, o museu. Desde 1982, ele partilha com o público uma seleção de fotos, cartazes, livros e documentos que fizeram parte de sua história -e, consequentemente, da história da mágica. Há itens personalizados, como um cartaz autografado pelo inglês David Copperfield. Basart, que trabalhou por cinco anos no extinto programa infantil "Bambalalão", da TV Cultura, é quem conduz o visitante por seu acervo. Aliás, não só conduz, como convida os interessados a participarem de alguns números: "escolha uma dessas esponjas e aperte em sua mão", ele diz. "Agora assopre". Depois: "abra!". Sim, o pedaço se multiplicou em quatro. Não dá para desvendar o segredo: é coisa de ilusionista.
Informe-se sobre o local


Museu da Lâmpada
Num acervo bem cuidado, visitante conhece até a sala de trabalho de Thomas Edison

Uma pequena porta, que pode passar despercebida, dá acesso a um corredor cheio de luz. É o Museu da Lâmpada, instituição particular criada há três anos e mantida por uma empresa de material elétrico. Talvez esse seja um dos motivos de estar tão bem conservado: apesar de pequeno, chama a atenção pelo acervo rico em detalhes. É possível conferir, por exemplo, uma maquete que recria o ambiente de trabalho de Thomas Edison -até o sofá em que ele gostava de se sentar está reproduzido. Mais à frente, a história da lâmpada -desde a invenção do fogo até as diversas tecnologias utilizadas, como fluorescente, halógena e LED- é apresentada. Há também instalações interativas para que as pessoas acendam luzes e toquem nos objetos. O subsolo, um auditório com cerca de 40 lugares, é usado para palestras sobre sustentabilidade. Boa opção para grupos escolares.
Informe-se sobre o local


Museu da Energia
No casarão do irmão de Santos Dumont, coleção aborda energia e sustentabilidade

Inaugurado em junho de 2005, ocupa um casarão antigo que foi residência de Henrique Santos Dumont, irmão do aviador Alberto Santos Dumont —e um dos homens mais ricos do Brasil na década de 1890, quando o local foi construído. No espaço restaurado, o acervo mostra a história da energia no país e da industrialização em São Paulo. Na sala Energia e Cotidiano, por exemplo, os visitantes veem como os aparelhos eletrodomésticos evoluíram ao longo das décadas -há uma geladeira dos anos 1920, ferros de passar a carvão e uma máquina de lavar dos anos 1950. Já na sala Energia e Meio Ambiente, o foco são as fontes de energia renovável. Ao lado, o visitante conhece a diferença entre as energias eólica, solar, termoelétrica e hidrelétrica, com placas explicativas e maquetes. Por seu caráter educativo, o museu é uma boa opção para ir com estudantes —e pode ser chato para adultos que não curtem o tema.
Informe-se sobre o local

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais