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São Paulo terá museus sobre favela e cultura indígena em 2022, anuncia governo

Além das novidades, Museu da Diversidade Sexual também será ampliado

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São Paulo

A capital paulista irá receber pelo menos dois novos museus no próximo ano, o Museu das Favelas e o das Culturas Indígenas. Além disso, o Museu da Diversidade Sexual, cuja sede fica na estação República do metrô, será ampliado. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) junto a Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura do estado de São Paulo, nesta segunda-feira (6).

O Museu das Favelas vai ocupar o Palácio dos Campos Elíseos, antiga sede do governo, na região central. Por sua vez, o Museu das Culturas Indígenas será instalado próximo ao parque da Água Branca e ao Complexo Baby Barioni, na zona oeste. Já o Museu da Diversidade Sexual permanecerá dentro da estação República, mas terá o espaço ampliado, além de ganhar outra sede, na mesma área. O imóvel ainda está sendo escolhido.

Ao ser questionado sobre a possibilidade do Museu da Diversidade Sexual ocupar um antigo casarão na avenida Paulista, Doria afirmou que o espaço deverá abrigar outro museu futuramente, um dedicado à gastronomia.

Fachada do Palácio dos Campos Elíseos, que irá abrigar o Museu das Favelas, com inauguração prevista para 2022
Fachada do Palácio dos Campos Elíseos, que irá abrigar o Museu das Favelas, com inauguração prevista para 2022 - Eduardo Knapp/Folhapress

As novas instituições terão áreas para exposições permanentes e temporárias, além de centros de referência e formação, restaurante, café, auditório e biblioteca. O centro de formação do Museu da Diversidade Sexual terá enfoque em empreendedorismo. Além disso, o local terá espaço para acolhimento.

As autoridades ressaltaram que os espaços foram demandas das comunidades e que estão sendo desenvolvidos em parceria com elas. "São museus que invertem ou mudam as perspectivas com que essas comunidades são tratadas", disse Sá Leitão. "Onde muita gente enxerga carência, a gente enxerga potência. Onde há um manto de invisibilidade, a gente enxerga luz."

Uma das entidades que está envolvida nos projetos é a Cufa (Central Única das Favelas). Presidente da organização, Preto Zezé participou do anúncio e exaltou as iniciativas. "Dessa vez, somos atores envolvidos. Estamos como protagonistas de nossas histórias", disse. Para ele, o poder público também ganha ao incorporar um pensamento atualizado, mais condizente com a sociedade atual.

Além dos três novos espaços, o Museu do Ipiranga, no parque da Independência, volta a receber o público em setembro de 2022. O espaço está em reforma desde 2019. Enquanto não reabre, a instituição lançou um material digital no qual conta sua história por meio de uma linha do tempo.

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