Conheça o Parque da Ciência, no Instituto Butantan, que mistura bosque, bichos e museus

Complexo em SP estava fechado há dois anos e recebe o público em 725 mil metros quadrados

São Paulo

O som de martelos, furadeiras e pinceladas de tinta ocupou o parque do Instituto Butantan nos 27 meses em que esteve fechado, por causa da pandemia de Covid. Durante esse período, o espaço aberto para visitação aproveitou para passar por reformas e agora reabre ao público com novo nome: Parque da Ciência.

Ocupando uma área verde de 725 mil metros quadrados na zona oeste de São Paulo, o complexo cultural do Butantan conta com parque, museus, animais e prédios históricos. Aberto a visitas desde o último sábado, dia 25, o endereço ganhou restauros e novas atrações, como exposições e trilhas.

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Boulevard construído no Parque da Ciência do Instituto Butantan, reaberto na zona oeste de São Paulo - Comunicação Butantan/Divulgação

Uma das principais mudanças está na construção de um boulevard. Onde antes havia uma rua asfaltada por onde trafegavam carros, hoje há um calçadão ladeado por árvores, bancos e espelhos d'água. O espaço também ganhou iluminação e recursos de acessibilidade, como rampas e piso tátil, além de lojinha e tenda para eventos.

Outra novidade está no Museu Biológico, que recebeu novos moradores: cobras, lagartos e espécies de anfíbios. São bichos que vieram, principalmente, de apreensões de tráfico feitas pelo Ibama, explica Giuseppe Puorto, diretor do museu e do Parque da Ciência.

Cartão postal do instituto, o prédio Vital Brazil vai abrigar um museu que conta a história do Butantan, uma biblioteca e um café. O edifício, porém, ainda está em obras e deve ser inaugurado até o fim do ano. Nos próximos meses, também deve ser aberto um museu dedicado às vacinas.

Outro reforço ganhou o horto do local, com a abertura de uma trilha, um teatro de arena e um jardim. No entorno, foi construído um deque com bancos, de onde é possível observar árvores centenárias da mata atlântica, pássaros e saguis.

Instalado em um antigo estábulo, o espaço Terra Firme foi reformulado e inclui novos painéis, projeções em vídeo, rampas e ar-condicionado. Atualmente, abriga a mostra "Serum ou Soro", que narra a trajetória do instituto e da produção de soros.

Ali ao lado, uma praça ganhou um canteiro de rosas e uma escultura de bronze do fundador do Butantan, o médico Vital Brazil. Exposições temporárias completam o calendário de novidades do endereço.

Os visitantes também podem conhecer o "macacário", casa com animais originários da Índia. O complexo do instituto, fundado em 1901, abriga ainda 12 prédios históricos, todos restaurados no último ano. Entre as atrações já conhecidas estão um serpentário, um ambiente para outros répteis e o Museu de Microbiologia.

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Horto do Parque da Ciência, do Instituto Butantan, também foi revitalizado - Comunicação Butantan/Divulgação

Entre os dias 5 e 30 de julho, foi preparada uma programação de férias, que terá atividades como contação de histórias, bate-papos com cientistas e caminhadas monitoradas. Uma das mais aguardadas é a demonstração de extração de veneno de serpentes —marcada para os dias 9 e 30 de julho, às 10h. A inscrição é feita por ordem de chegada.

Com a revitalização, o instituto deve ampliar a agenda de atividades educativas, diz Puorto, o diretor do parque. "Queremos aproximar a ciência da população, principalmente das crianças, e mostrar de forma didática a ciência que acontece no Butantan."

​A entrada no parque é gratuita. Para acessar os museus, é preciso adquirir um ingresso único, que custa R$ 6 e dá direito a visitar todas as exposições.

Parque da Ciência do Instituto Butantan

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