O MIS, Museu da Imagem e do Som, recebe a cineasta americana Kristine Stolakis para exibição e bate papo do documentário "Pray Away". O evento, organizado pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil em razão do Mês do Orgulho LGBTQIA+, acontece nesta quinta-feira (22), às 19h.
A produção de 2021, dirigida por Stolakis, está disponível na Netflix e aborda histórias de ex-líderes e sobreviventes da chamada terapia de conversão. Os entrevistados relatam com detalhes como o "tratamento" funciona e seus danos para a comunidade LGBTQIA+.
"O combustível desse movimento, que motiva as pessoas a tentar mudar sua sexualidade ou identidade de gênero, faz parte de uma cultura mais ampla de homofobia e transfobia, que ensina às pessoas que há algo espiritual e psicologicamente doente em ser LGBTQIA+", diz Stolakis.
À Folha, a diretora afirma que fazer o documentário foi uma jornada pessoal. Um tio seu teria sido uma das vítimas da suposta terapia de conversão e passou a maior parte de sua vida acreditando que ser trans era uma doença e um pecado. Stolakis lamenta que ele tenha morrido antes de "Pray Away" ficar pronto.
"Eu tenho uma filha agora, e estou encantada por ela estar crescendo em uma cultura com tantas representações de pessoas LGBTQIA+ prósperas, vivendo vidas alegres, cheias de comunidade, amor e orgulho", diz.
Após a exibição do documentário, o público poderá fazer perguntas à diretora, com mediação de Marcia Rocha, mulher trans, advogada e fundadora da Transempregos.
O ingresso gratuito deve ser retirado com uma hora de antecedência na bilheteria.
Comentários
Ver todos os comentários