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Billy Wilder, diretor e roteirista de clássicos do cinema no século 20, é tema de exposição no MIS

Mostra estreia nesta sexta (16) na capital e ocupa os três andares da instituição

São Paulo

Um dos mais importantes cineastas do século 20, Billy Wilder (1906-2002) ganha exposição no MIS (Museu da Imagem e do Som), na região oeste da capital. A mostra inédita será aberta ao público nesta sexta (16), sob curadoria de André Sturm, diretor-geral da instituição.

Wilder conquistou seis estatuetas do Oscar, seja como diretor ou como roteirista. Nascido em 1906, em Sucha Beskidzka, na Polônia, começou a escrever filmes no início da década de 1930, em Berlim, na Alemanha. Filho de judeus, mudou-se para os Estados Unidos durante a ascensão de Hitler e do nazismo na Europa. Na América, buscou trabalhos em Hollywood.

Marilyn Monroe em cena de "O Pecado Mora ao Lado", dirigido por Billy Wilder em 1955
Marilyn Monroe em cena de "O Pecado Mora ao Lado", dirigido por Billy Wilder em 1955 - Divulgação

A mostra ocupa os três andares do MIS e percorre a carreira de Wilder. São destaque 13 dos seus 27 longas-metragens, como "Farrapo Humano" (1945), drama sobre o alcoolismo; "Crepúsculo dos Deuses" (1950), retrato de uma Hollywood que esquece seus ídolos envelhecidos; "A Montanha dos Sete Abutres" (1951), história de um jornalista que encontra um furo de reportagem após ser demitido de 11 redações em Nova York; e "Se Meu Apartamento Falasse" (1960), comédia que abarca questões morais que decorrem de romances surgidos no ambiente de trabalho.

Outros dois filmes conhecido do diretor, "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959), com a participação da atriz americana Marilyn Monroe (1926-1962), estão presentes na mostra. O primeiro é responsável pela cena clássica da intérprete com um vestido branco esvoaçante em cima da grade do metrô, um dos trechos mais famosos na cinematografia ocidental.

Já o segundo tem Jack Lemmon (1925-2001) e Tony Curtis (1925-2010) no elenco. A dupla atua como dois músicos que fogem de Chicago disfarçados de mulheres ao serem perseguidos pela máfia. O personagem de Curtis se sente atraído pela vocalista do grupo, interpretada por Marilyn Monroe, enquanto a versão feminina de Lemmon é assediada por um milionário.

"O Cinema de Billy Wilder" conta com recriações de cenários de longas produzidos pelo diretor. Os visitantes são convidados a desvendar casos de tribunal concebidos por Agatha Christie, mergulhar na piscina de Norma Desmond, tramar golpes de indenização no cinema noir e escapar do inferno número 17, por exemplo.

No museu, há fotografias de bastidores, figurinos originais usados nas gravações e depoimentos registrados em vídeo de pessoas que conviveram com o diretor e roteirista. Os textos da exposição são de Ana Lúcia Andrade, autora do livro "Entretenimento Inteligente – O Cinema de Billy Wilder" e especialista na obra do cineasta americano.

Entre as galerias exclusivas, há destaque para "Crepúsculo dos Deuses", vencedor de três categorias do Oscar: melhor roteiro original, melhor direção de arte e melhor trilha sonora. A produção retrata os bastidores da indústria cinematográfica, ilustrando a trajetória de uma estrela em decadência e de um roteirista em ascensão.

Em suas exposições, o MIS tem parceria com a Biblioteca Margaret Herrick, responsável pela entrega dos prêmios Oscar, a Western Costume Company, o Festival Cannes Lions 2024, a Cinemateca Francesa e o Bison Archives.

Além da mostra principal, o espaço oferecerá programação paralela com cursos e debates sobre o cineasta e o cinema de seu tempo. Há também exibições dos filmes que integram a exposição.

O Cinema de Billy Wilder

  • Quando A partir de 16/8. Ter. a sex., das 10h às 19h.Sáb., das 10h às 20h. Dom., das 10h às 18h
  • Onde MIS - av. Europa, 158, Jardim Europa, região oeste
  • Preço R$ 20 (inteira). Entrada gratuita às terças, com retirada de ingressos diretamente na bilheteria

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