Filho caçula de Dorival Caymmi (1914-2008), Danilo Caymmi, 70 anos, canta em tributo ao pai, neste fim de semana, no Sesc Vila Mariana (zona sul). No projeto “Viva Caymmi”, iniciado em 2018, há uma mistura de teatro e música.
Nele, o ator Nilson Raman é um mestre de cerimônias que conta passagens da carreira de Dorival, enquanto Danilo (voz e flauta) e Flávio Mendes (violão) interpretam clássicos do artista.
“São histórias que as pessoas não conhecem. Uma é sobre [a canção] ‘Maracangalha’, inspirada em Zezinho, amigo de meu pai. Ele era casado, mas tinha esposa e até filho em outra cidade. Então, quando acontecia algo, mandava telegrama para ele mesmo e dizia à sua mulher: ‘Eu vou pra Maracangalha’ [na Bahia]”, conta Danilo, aos risos.
O espetáculo é dividido em quatro blocos: o das músicas praieiras, o das urbanas, um com faixas de temática negra e os sambas. Além de "Maracangalha", o público poderá ouvir sucessos como "O Mar" e "Marina", produzidas pelo compositor baiano, que influenciou gerações.
Para Danilo, os shows são uma espécie de resgate, de preservação da memória. “É hora de o país pensar com mais carinho em figuras importantes da cultura brasileira", diz.
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