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Saiba como ouvir dez artistas que devem sair vencedores no Grammy deste domingo

Nomes do pop como Dua Lipa e Taylor Swift têm grandes chances de abocanhar estatuetas

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São Paulo

Adiado por causa da pandemia e cercado de desconfianças por ter esnobado concorrentes como o astro pop The Weeknd, o Grammy —que anualmente premia as melhores gravações da indústria musical— acontece neste domingo (14), às 21h.

A 63ª edição da premiação reúne a maior parte dos grandes lançamentos de 2020, como os discos de Taylor Swift e Dua Lipa, e gravações que viralizaram em aplicativos como o TikTok e dominaram as rádios e o streaming, caso de "Savage", de Megan Thee Stallion, "Say So", de Doja Cat, e "Black Parade", de Beyoncé.

Mas nem só do mundo pop se alimenta o prêmio, que também olha para a música alternativa e para o rock —neste ano representados por nomes como Fiona Apple, Phoebe Bridgers e Brittany Howard.

Se você não quer ficar por fora quando os campeões forem anunciados, o Guia prepara uma seleção para conhecer as obras de dez artistas que não devem sair de mão abanando no domingo —e explica o que faz deles fortes candidatos às estatuetas.

Bad Bunny
O cantor de trap e reggaeton concorre a dois prêmios e tem chances reais na que indica seu “YHLQMDLG”, lançado em 2020, a melhor disco latino pop ou urbano. Apesar de a categoria ter nomes como Ricky Martin, que podem agradar jurados mais velhos, o porto-riquenho dominou a cena latina com o trabalho, que, no ranking do Spotify, foi o mais ouvido do mundo no ano passado.
Indicado a melhor álbum latino pop ou urbano (“YHLQMDLG”) e performance de pop em duo/grupo com a música "Un Día (One Day)"


Beyoncé posa com seus prêmios na 59ª edição do Grammy
Beyoncé posa com seus prêmios na 59ª edição do Grammy - AFP

Beyoncé
É difícil imaginar Beyoncé saindo de mãos vazias da edição do Grammy em que recebeu mais indicações —mas não impossível, já que ela perdeu prêmios tidos como garantidos anteriormente, como o de álbum do ano para “Lemonade”, em 2016. Dessa vez, ela concorre em quatro categorias com “Black Parade”, liberada no dia celebração da emancipação dos escravos nos Estados Unidos e um dos hinos das manifestações antirracistas detonadas pelo assassinato de Geoge Floyd. Num ano de protestos como 2020, é plausível que o júri escolha premiar uma canção simbólica.
Indicada duas vezes em gravação do ano (“Black Parade” e “Savage”), música do ano, melhor performance e música de R&B (“Black Parade”), melhor música e performance de rap (“Savage”), melhor clipe (“Brown Skin Girl”) e melhor filme musical (“Black Is King”)


Billie Eilish
Depois de abocanhar cinco estatuetas na edição de 2019 do Grammy com “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”, a revelação da música pop retorna à premiação com três nomeações para a melancólica “Everything I Wanted”, lançada na quarentena, e outra para a música tema de “007: Sem Tempo Para Morrer", deste ano. Eilish já provou que tem a simpatia do jurados —agora basta descobrir se eles consideram que ainda é muito cedo para ela repetir a vitória.
Indicada a gravação do ano, música do ano e melhor performance solo de pop (“Everything I Wanted”) e melhor canção escrita para mídia visual (“No Time to Die”, de “007: Sem Tempo Para Morrer")


Doja Cat
Deve ser acirrada a disputa entre Doja Cat e Megan Thee Stallion pela estatueta de artista revelação de 2020, já que ambas viram suas canções se tornarem hits estrondosos no TikTok. A favor de “Say So”, de Doja Cat, pesa o fato de a rapper ter saído vitoriosa nas categorias de revelação musical em cinco prêmios, mas a associação com Dr. Luke —produtor da música que está envolvido em uma batalha judicial com a cantora Kesha— pode diminuir suas chances.
Indicada a artista revelação e melhor gravação e performance pop solo (“Say So”)


Dua Lipa
A cantora já chega ao Grammy com dois prêmios herdados da edição de 2018, quando levou para casa as estatuetas de artista revelação e melhor gravação dance com “Electricity”. Dessa vez, concorre em seis categorias —cinco delas motivadas pelo elogiado “Future Nostalgia”, de 2020, que guarda joias do ano passado como “Don’t Start Now”. Depois de ser abraçada pelo público, que ainda mantém canções do disco nas paradas um ano depois de seu lançamento, as chances de mais validações da crítica são altas para a britânica.
Indicada a álbum do ano e álbum de pop vocal (“Future Nostalgia”), música do ano, gravação do ano e performance pop solo (“Don’t Start Now”), e performance de pop em duo/grupo com a música “Un Día (One Day)"


Megan Thee Stallion
Nove pessoas são citadas nos créditos de “Savage”, música que levou esta rapper ao Grammy e ao topo das paradas com um belo empurrão dos usuários do aplicativo TikTok, que abraçaram seu refrão com os famosos passinhos de dança. Como se não fosse suficiente, Beyoncé chegou para engrossar o caldo com a participação no remix lançado pouco mais de um mês depois da versão original —o que só aumenta as chances de coroação dessa mistura no domingo.
Indicada a artista revelação e gravação do ano, melhor música de rap e performance de rap (“Savage”)


Phoebe Bridgers
A estrela ascendente da cena indie tem a seu favor uma coleção de críticas positivas de seu disco “Punisher”, de 2020, o bem-sucedido single “Kyoto” —indicado a duas categorias— e um currículo que inclui parcerias com nomes importantes da cena alternativa, como Nathaniel Walcott, do Bright Eyes, e Nick Zinner, do Yeah Yeah Yeahs. Apesar de concorrer com nomes importantes na categoria de revelação, a cantora de 26 anos seria uma escolha possível e acertada dos votantes.
Indicada a artista revelação, melhor álbum de música alternativa (“Punisher”) e melhor música e performance de rock (“Kyoto”)


taylor swift no meio de uma floresta de árvores altas
Capa de 'Folklore', disco da cantora Taylor Swift - Reprodução

Taylor Swift
A americana deve colher os frutos do desvio de rota que fez em seu percurso pop com o lançamento de “Folklore”, que explora uma energia mais intimista e orgânica após alguns anos de polêmicas em sua carreira. Swift, que já é conhecida por ser queridinha dos jurados —ela coleciona dez estatuetas e 41 indicações—, terá mais seis chances neste domingo e, se não sair com o prêmio de álbum do ano, deve garantir ao menos algum reconhecimento por “Cardigan”, principal single do disco, ou “Exile”, parceria com Bon Iver.
Indicada a álbum do ano e álbum de pop vocal (“Folklore”), música do ano e performance pop solo (“Cardigan”), performance de pop em duo/grupo (“Exile”) e melhor canção escrita para mídia visual (“Beautiful Ghosts”, de “Cats”)


Fiona Apple
Ainda não se sabe se o aclamado “Fetch the Bolt Cutters”, em sua maioria gravado na casa da cantora americana, repetirá, na premiação, o mesmo nível de furor que causou entre público e críticos. Os concorrentes são fortes e incluem nomes como Beck, Haim, Brittany Howard e Phoebe Bridgers, mas as poderosas canções de Apple prometem dar trabalho.
Indicada a melhor álbum de música alternativa (“Fetch the Bolt Cutters”) e melhor música e performance de rock (“Shameika”)


Brittany Howard
Primeiro álbum que a cantora assina sozinha desde o hiato no grupo Alabama Shakes, "Jaime" concorre a cinco categorias e é um bom candidato a ser reconhecido pelo prêmio por sua fina mistura de gêneros, como neo soul, blues rock e R&B, e letras de tom confessional que falam sobre pobreza e preconceito.
Indicada a melhor álbum de música alternativa (“Jaime”), melhor música e performance de rock (“Stay High”), e melhor performance de R&B (“Goat Head”) e de raízes americanas (“Short and Sweet”)

A vocalista Brittany Howard na apresentação da banda Alabama Shakes no palco do Lollapalooza Brasil de 2016
A vocalista Brittany Howard na apresentação da banda Alabama Shakes no palco do Lollapalooza Brasil de 2016 - Marcus Leoni/Folhapress

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