Em sua curtíssima carreira, o jovem diretor e conhecido estilista Tom Ford já começa a ganhar comparações com grandes nomes do cinema. Por diferentes razões, claro. Demorou sete anos desde sua elogiada estreia em "Direito de Amar" (2009) para Ford apresentar seu segundo longa, "Animais Noturnos" (2016) –hiato digno de Stanley Kubrick.
Prêmio do júri no Festival de Veneza, a produção pode ser dividida em dois filmes.
No primeiro, Susan (Amy Adams) é uma artista aparentemente bem-sucedida e elegante que não gosta do que faz. É casada com um empresário bonitão e falido, mas se sente só, em uma mansão tão grande quanto fria.
Ela recebe um manuscrito do ex-marido Tony (Jake Gyllenhaal), com quem não fala há 20 anos. A história contada no livro, que Susan lê avidamente, é o outro filme: numa paisagem árida, um marido sai em viagem com a família. Na estrada, eles se desentendem com um grupo de arruaceiros e o resultado é impactante e violento. Nessa hora, lembra Sam Peckinpah.
Realidade e ficção se alimentam enquanto Susan se recorda da relação com Tony, também de fim violento. Um clima de tensão e angústia persiste em toda a trama, de belo visual, mas de resultado ambicioso e irregular.
Sessões: Dias 25, às 21h55 (Espaço Itaú - Frei Caneca 1); 27, às 18h (Cinesala); 29, às 21h50 (Espaço Itaú - Augusta 1); e 1º, às 21h30 (Cinemark Cidade São Paulo)
Ingressos: Segundas, terças, quartas e quintas: R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia)
Sextas, sábados e domingos: R$ 22 (inteira) R$ 11 (meia); vendas pelo site Ingresso.com com antecedência de um a três dias da sessão. No dia da sessão os ingressos estarão à venda somente nas salas de cinema.
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