Em 1965, a três dias de um ciclone tropical chegar à ilha de New Penzance, ao largo da costa inglesa, Sam deserta do acampamento Ivanhoé. Ele tem 12 anos, é órfão e escoteiro com conhecimentos de cartografia. Nas horas vagas, dá baforadas em um cachimbo feito de sabugo de milho.
Assim é apresentado um dos protagonistas de "Moonrise Kingdom", novo filme de Wes Anderson ("Os Excêntricos Tenenbauns"), que assina o roteiro com Roman Coppola.
O longa, que entrou em cartaz na última sexta-feira (dia 12), retrata a fuga de Sam, que pretende, ao lado de Suzy Bishop, percorrer uma antiga trilha.
Suzy também tem 12 anos e leva para a empreitada livros furtados da biblioteca, um binóculo, um toca-discos com uma bolacha de Françoise Hardy e toda a crise existencial que existe dentro dela.
Ela foge de uma das pontas da ilha, onde mora com os três irmãos menores e com seus pais (interpretados por Bill Murray e Frances McDormand), dois advogados que dormem em camas separadas.
Após a fuga, escoteiros, uma agente social, a polícia e a família se mobilizam para encontrar os dois garotos, que se relacionam como almas gêmeas.
Como uma polaroide desbotada, o longa mostra temas recorrentes de Anderson: pessoas infelizes com a vida, uma desconcertante honestidade e muitos corações partidos.
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