Em seu terceiro longa, o diretor franco-canadense Xavier Dolan troca as jovens perturbações de "Eu Matei Minha Mãe" (2009) e "Os Amores Imaginários" (2010) por um drama, digamos, mais adulto para os seus atuais 23 anos.
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"Laurence Anyways" não tem o cineasta no papel de protagonista, ao contrário dos dois primeiros filmes, mas mantém os belos planos e a impactante trilha sonora imprimidos nas obras anteriores.
Laurence Alia (Melvil Poupaud) é um professor na casa dos 30 anos. Certo dia confessa à sua mulher, Fred (a notável Suzanne Clément), que deseja mudar de sexo. Ela se abala, mas decide ficar ao lado do companheiro.
Porém, o que chama a atenção na narrativa é que Dolan não confere muito do drama da transformação ao próprio Laurence. O personagem sofre, evidentemente, mas o interessante é a reação daqueles que o rodeiam.
Fred resolve lidar com as mudanças. Contudo, não sabe se quis permanecer por aceitar a nova forma de Laurence ou por rejeitar o fim do relacionamento.
A mãe (Nathalie Baye), a princípio, não se conforma com a decisão. Aos poucos, tenta identificar na juventude do filho o lado feminino que vê hoje.
Afinal, ele é e continua sendo Laurence. Nós é que temos que nos adaptar.
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