Acostumado a interpretar super-herói ("Homem de Ferro") e personagens engraçados ("Sherlock Holmes" e "Trovão Tropical"), Robert Downey Jr. pode ser visto no drama "O Juiz", estreia da semana, como um cara sentimental, que procura se reaproximar do pai e da família que deixou pra trás.
O longa mostra que nada mais importa na vida do que a aprovação de pessoas que você ama. Não é relevante se você, por exemplo, é o melhor advogado do país ou se tem uma Ferrari na garagem, mas não conta com a aprovação de seu pai.
No filme, Downey Jr. é o advogado Hank Palmer que, no dia de um julgamento, deixa o cliente para depois e vai ao velório de sua mãe.
Há anos sem falar com o pai, o juiz (Robert Duvall) do título, Hank vai vê-lo no lugar onde mais se sente confortável: no tribunal da cidade. Depois de uma reviravolta, porém, vê o juiz sentado no banco do réu.
Introspectivo, mas sem ser piegas, o ator vive situações que o fazem relembrar sobre como era viver na pequena cidade onde cresceu, incluindo a ex-namorada (Vera Farmiga).
Mas é Duvall, que oscila entre o juiz durão da cidade, a recente viuvez e a luta calada contra o câncer, que dá o tom do drama dirigido por David Dobkin ("Penetras Bons de Bico").
Durante quase duas horas e meia, o espectador é levado por uma jornada de reconciliação e revelações que nem percebe que o tempo passou.
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