Visitar uma exposição não é apenas ver obras de arte. Tem o passeio pela lojinha do museu, tem a observação da arquitetura do local e depois o cafezinho --ou o almoço-- para comentar as obras e fechar o programa.
Não à toa, cafés e restaurantes de museus e espaços culturais são cada vez mais levados a sério na cidade de São Paulo --movimento que traz ganhos tanto para a instituição quanto para o estabelecimento gastronômico nela instalado.
Na área, o momento é de novidade. O restaurante Santinho, da chef Morena Leite, acaba de ganhar um espaço no Museu da Casa Brasileira. Já o Centro Cultural Banco do Brasil, que completa 12 anos, reinaugura a cafeteria Cafezal com novo visual. E o Centro da Cultura Judaica abriga desde o fim de fevereiro o Manja Coffee & Deli, ainda em esquema de "soft opening".
O "Guia" conta, abaixo, detalhes sobre o que viu durante as dez visitas realizadas nos espaços culturais da cidade.
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MUSEU DA CASA BRASILEIRA
O que ver:
Começou na terça (dia 16) a "Bienal Ibero-Americana de Design", braço do evento que acontece em Madri. A mostra traz mais de 150 obras, entre peças, trabalhos digitais e painéis, de 23 países, abarcando trabalhos de design gráfico, de moda e de interiores.
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O que comer:
Depois de vencer uma concorrência, a primeira filial do Santinho acaba de abrir no espaço onde funcionou por quase 14 anos o Quinta do Museu. A chef Morena Leite comanda a cozinha, com pratos servidos em bufê (R$ 39, de terça a sexta, e R$ 65 aos sábados, aos domingos e nos feriados). Há tapiocas feitas na hora e pratos bem brasileiros, a exemplo da carne-seca com cebolas na moranga. Com ar mais despojado que a antiga casa, o arejado restaurante traz bancos de diferentes estilos. Um cardápio à la carte deve entrar em vigor até o fim do mês, com pratos, sanduíches e chá da tarde (com direito a bolos decorados) servidos em um deque com vista para o bonito jardim do museu.
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CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
O que ver:
Celebrando seu 12º aniversário, o CCBB vai inaugurar amanhã (dia 20) a mostra "Cai Guo-Qiang - Da Vincis do Povo". O artista chinês irá apresentar telas realizadas com pólvora e engenhocas como robôs que simulam artistas famosos, entre eles Damien Hirst e Yves Klein. A área externa está ocupada com criações suspensas de inventores anônimos de seu país.
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O que comer:
Com espaços no térreo e no 3º andar do prédio, o Cafezal Cafés Especiais, que ocupa o CCBB desde 2007, apresenta novos móveis e cardápio repaginado a partir deste fim de semana. Além dos cafés de diferentes grãos, bolos e salgados que são ótima pedida para o lanche da tarde, é servido almoço das 12h às 16h. O aconchegante espaço do 3o andar oferece opções de massas, peixes e carnes, como o picadinho de carne com arroz branco, farofa e couve (R$ 29) e o estrogonofe de camarão (R$ 29).
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CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO
O que ver:
A mostra "Nostalgia para o Futuro" expõe 40 obras de artistas que marcaram a história da Lisson Gallery, galeria inglesa fundada em 1967. Com curadoria dos diretores da Lisson, a exposição traz trabalhos de artistas como Jonathan Monk, Tony Cragg, Anish Kapoor e Ryan Gander.
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O que comer:
No quarto andar, o restaurante The Bridge funciona em sistema de bufê. Pelo preço (R$ 36,90) cobrado, podia ter saladas e receitas menos triviais. É uma opção para um almoço rápido. O local é frequentado por profissionais da região.
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CENTRO DA CULTURA JUDAICA
O que ver:
A exposição "Carlo Levi - Pintor, Escritor e Antifascista Italiano" reúne cerca de 50 telas que apresentam a produção do intelectual dedicada à pintura figurativa. Entre seus temas, a guerra e retratos de personalidades das décadas de 1950 e 1960, como a atriz Anna Magnani e o escritor Italo Calvino.
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O que comer:
Funcionando no esquema de "soft opening", o Manja Coffee & Deli oferece, além do café, opções de bolos e capuccinos cremosos. Também é possível almoçar entre as 12h e as 15h -às terças e às quartas, são servidas quiches e saladas (R$ 15) e, às quintas e às sextas, almoço executivo (entre R$ 28 e R$ 35). A cozinha tem sotaque judaico e serve opções como a bureka (R$ 5), um salgado típico.
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INSTITUTO TOMIE OHTAKE
O que ver:
Nomes da fotografia, como Thomaz Farkas, Cristiano Mascaro e Boris Kossoy, têm suas obras expostas na mostra "Coleção Itaú de Fotografia Brasileira", que reúne cerca de cem imagens realizadas nos últimos 60 anos.
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O que comer:
Inaugurado no início de 2011, o Santinho é um sucesso de público, sobretudo nos fins de semana, quando o bufê dá direito a sobremesas (R$ 68 aos sábados e R$ 75 aos domingos e feriados). De terça a quinta, o preço por cabeça é R$ 47. No subsolo, "cooktops" abrigam travessas que podem conter pratos como moqueca de peixe e salmão com figo e caramelo de aceto balsâmico. O local não funciona mais à tarde como café.
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ITAÚ CULTURAL
O que ver:
Três andares do Itaú Cultural recebem a mostra "Cao Guimarães - Ver É uma Fábula". Reserve tempo para sentar e apreciar os vídeos nas salas que revezam as exibições em até quatro telas. Em foco, o interesse formal e temático do artista pelos lugares de passagem. No térreo, a "Ocupação Antonio Nóbrega" homenageia o músico, ator e bailarino.
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O que comer:
O café e restaurante PanAroma tem opções de salgados e doces, como o bolo de amêndoas e doce de leite (R$ 8,50). De segunda a sexta, das 12h às 15h, são servidos pratos. Boa pedida é o risoto de camarão com açafrão (R$ 38).
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MAM
O que ver:
O universo pop das décadas de 1970 e 1980 ocupa o MAM. Em "Alex Vallauri - São Paulo e Nova York como Suporte", é possível percorrer a trajetória do pioneiro da arte urbana no Brasil. A sala menor apresenta a mostra "Lady Warhol". Clicado por Christopher Makosem 1981, Andy Warhol aparece caracterizado de mulher em 50 imagens.
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O que comer:
Opção mais caprichada para comer no parque Ibirapuera, o Prêt Café ocupa um agradável espaço com paredes de vidro e vista para o jardim de esculturas. Complemente a visita às exposições com o bolo de chocolate (R$ 5). Para o almoço, a opção é o bufê (R$ 49),de terça a sexta, e R$ 56, aos sábados e aos domingos).
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MASP
O que ver:
A temática social presente em obras de Portinari poderá ser (re)vista nas séries "Bíblicas" (inspiradas em "Guernica", de Picasso) e "Retirantes", ambas dos anos 1940. São exibidas 11 obras do pintor brasileiro que pertencem ao acervo do Masp.
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O que comer:
Engravatados e turistas se misturam no restaurante Uni, que fica no subsolo do Masp e funciona em sistema de bufê. A ala de saladas é variada e caprichada, assim como a mesa de sobremesa. Os pratos quentes trazem receitas variadas. Destaque para o cordeiro com molho de hortelã. O bufê custa R$ 36,80 por pessoa nos dias de semana e R$ 45,80 nos fins de semana.
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MIS
O que ver:
O MIS retoma sua agenda de exposições a partir de 30/4 com o projeto anual "Maio Fotografia no MIS". Os fotógrafos Chico Albuquerque, Carlos Ebert, Joakim Eskildsen e Willy Ronis vão apresentar mostras individuais.
O que comer:
O restaurante Chez MIS tem visual moderninho e fachada envidraçada. À noite, recebe público jovem, que vai para ver e ser visto. No almoço ou no jantar, peça o nhoque recheado de mozarela (R$ 43). À tarde, com movimento mais sossegado, o menu oferece sanduíches.
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PINACOTECA DO ESTADO
O que ver:
O rosto de Santa Fabíola, repetido 400 vezes, compõe a mostra do belga Francis Alÿs. Esculturas de Vasco Araújo, pinturas, desenhos e objetos de Sérgio Sister e fotografias de Natálio Puras Penzo também estão em cartaz.
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O que comer:
Quem chega ao Flor Café pode pensar que está entrando em um buraco. Lá dentro, descobre um local agradável com mesas e cadeiras de frente para o Jardim da Luz. Saladas, tortas, sanduíches e pratos compõem o cardápio do local.
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13h47
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