O professor White, ateu, decide se matar se jogando em frente a um trem, mas o ex-presidiário Black, evangélico, aparece no momento exato e impede o suicídio. Mas a tentativa de ajudá-lo não termina aí, já que o "salvador" vai ter que usar todos os argumentos para fazer com que o homem desista de acabar com sua vida.
É em torno desse embate sobre religião, filosofia e moral que se desenvolve a peça "O Expresso do Pôr do Sol", que fica em cartaz até 25 de novembro no Tucarena (zona oeste de São Paulo) e acaba de baixar o preço dos ingressos às sextas-feiras para R$ 30 (antes, era R$ 40). Aos sábados e aos domingos, o valor continua R$ 50. Estudantes da PUC pagam R$ 10 todos os dias.
Dirigida por Fábio Assunção, a montagem do texto do escritor norte-americano Cormac McCarthy (autor de "Onde os Fracos Não Têm Vez") ganha vigor com as interpretações de Cacá Amaral e Guilherme Sant'Anna. O público fica fascinado com os discursos dos dois, intercalados, quase sempre totalmente opostos, e em observar como cada um, ao seu modo, parece ter razão.
A iluminação, de Caetano Vilela, ajuda a dar forma aos "cenários" que surgem no palco (em forma de arena) e a dar ênfase aos momentos de tensão entre os personagens.
A direção de arte e o figurino são assinados por Fábio Namatame, e Eduardo Queiroz é quem faz a trilha sonora. A peça recebeu três estrelas da crítica da Folha (equivalente a bom).
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